terça-feira, 31 de março de 2015

OS DOIS FERRIES E O NOSSO DINHEIRO

Artigo de: Eng. José Ribeiro Pinto
O Governo Regional decidiu comprar dois ferries iguais com capacidade para 600 passageiros, 150 viaturas e 15 a 20 contentores por cerca de 83 milhões de euros.
Este assunto já rola há muito tempo mas, infelizmente, nunca foram apresentados estudos que justificassem a escolha. Sabemos apenas que a Atlanticoline, através duns estudos internos e, eventualmente, da experiência adquirida ao longo destes últimos anos (talvez olhando para o número de passageiros e de viaturas transportados durante os dias de festa de Verão), terá concluído que aqueles seriam os ferries adequados. Também sabemos que, de acordo com informações da própria Atlanticoline, a exploração dos actuais ferries alugados gera receitas que quase não dão para pagar o combustível.
O Sr. Deputado socialista Cmdt. Lizuarte Machado já afirmou repetidas vezes que a exploração dos novos ferries terá um prejuízo anual da ordem dos 10 milhões de euros. Também me parece que sim. No entanto o Sr. Secretário Regional dos Turismo e Transportes afirma (ver programa “Direito de Resposta” da RTP – Açores, de 13 de Março passado) que ao fim do sexto ano de exploração dos novos navios a Região poupará 2,5 milhões de euros relativamente ao custo anual de 4,5 milhões que tem com os actuais navios. Lizuarte Machado mostrou, em artigo publicado no passado dia 10 de Outubro e nunca contrariado, que os estudos feitos pela Atlanticoline, nos quais, certamente, o Sr. Secretário se baseia, são simplistas (para não chamar outra coisa) e deixam de fora 4.750.000 € para além de outros custos.  
O Sr. Secretário Regional diz ainda que um dos objectivos da Região com esta solução é o desenvolvimento do Mercado Interno, mas acrescenta que o Governo ainda não sabe se os navios navegarão o ano inteiro.
A primeira questão que naturalmente me surge é a seguinte: Como é que o Governo quer desenvolver o Mercado Interno se os navios, que serão o motor desse desenvolvimento, só navegarem no Verão???  
É por demais evidente que os navios terão que navegar o ano inteiro, pois só assim é que podemos dar resposta às necessidades do mercado e porque o desenvolvimento desse Mercado Interno deve ser um Desígnio Regional !
Outra questão óbvia é: Porque é que face aos números apresentados várias vezes por Lizuarte Machado o Governo não apresenta os seus números de forma clara para vermos quem é que tem razão?
Para mim é evidente que toda esta questão está mal estudada pelo Governo e pela Atlanticoline, pondo em causa 83 milhões de euros que são nossos!
Mas eu acho que pode valer a pena gastar esse dinheiro que é nosso. Vejamos as coisas assim:
Não há dúvida que temos que desenvolver o mercado interno que actualmente é insípido. Para tal temos que ter um sistema de transportes marítimos eficiente, o qual passa, obviamente, por uma capacidade de distribuição de mercadorias inter-ilhas rápida e frequente. Para tal temos que ter navios, nossos ou fretados, que façam esse serviço durante todo o ano e, contrariamente ao que afirmou o Sr. Secretário Regional, que acha que devemos começar com os navios a navegar apenas alguns meses do ano para ver qual é a procura, esse serviço tem que estar disponível e correctamente divulgado para que os produtores acreditem que vale a pena produzir. Não se pode esperar que haja meloas e maçãs a apodrecer à espera de navios, para implementar o transporte marítimo! É ao contrário, Sr. Secretário!
Lizuarte Machado não acredita nos ferries. Eu acho que devemos estudar bem essa possibilidade, pois, já que temos que ter ferries para os passageiros, pode ser que baste acrescentar-lhes a carga para melhorar a sua exploração.
A questão, para mim, é saber que carga temos para transportar nesses navios. Pelas afirmações do Sr. Secretário, parece que o Governo apenas quer “meter” nesses navios umas carrinhas com as tais meloas e outras pequenas cargas produzidas nos Açores mais uma dúzia de contentores. Ora é claro que só esta carga, (embora representando um enorme mas caríssimo avanço) não chega.   
Já por várias vezes disse, e há estudos que o demonstram, que o actual modelo de transportes marítimos desde o Continente aos Açores é caríssimo e está ultrapassado. (Os armadores instalados dizem que o sistema é praticamente perfeito, pois serve todas as ilhas e é auto-sustentável, ou seja, não absorve apoios e subsídios do Governo. De facto, o Governo não paga nada aos armadores, mas pagamos nós todos os contentores mais caros do mundo (ou quase) no supermercado e nas outras compras! 
Há pois, aqui, uma argumentação malandra!…A verdade é que o Governo não precisa de dar subsídios, porque todos os açorianos pagam mais do que deviam pagar!).
Se tivermos apenas dois portos de entrada nos Açores (P. Delgada e P. Vitória) podemos poupar mais de 20 milhões de euros. Como a distribuição inter-ilhas custará mais 10 milhões, se tudo estiver bem organizado, teremos uma poupança global superior a 10 milhões, ou seja, mais de 10% do custo actual, com a vantagem, já referida, de passarmos a ter um mercado interno desenvolvido!
Como isto, contrariamente ao que possa parecer, não é apenas um sonho – mais ano menos ano vai ter que acontecer – acho que o Governo, se quer comprar os tais navios, devia primeiro estudar bem que navios serão necessários. Se para 300, 600 ou 800 passageiros, se para 50, 100 ou 300 viaturas, se para 5, 20, 50 ou 100 contentores, etc., ou se não será melhor fretar os navios. É que, a partir do momento em que tivermos navios a transportar inter-ilhas pessoas e carga todo o ano, tudo o resto virá mais ou menos suavemente por acréscimo. 
Não podemos correr o risco de gastar 83 milhões de euros em navios que não estarão adaptados ao negócio que aí vem!
E o Governo devia também falar com os armadores actualmente instalados no mercado, quer os grandes, quer os do tráfego local, de forma a ajudar a “criar” uma(s) empresa(s) que fizessem a exploração dos vários navios (Continente – Açores e Inter-ilhas). O Sr. Secretário diz apenas que vai fazer uma concessão do serviço e que, com isso, a concorrência se resolve. Acha o Governo que, num mercado tão pequeno como o nosso, isso é possível? 
Parece-me que estamos na altura exacta para parar e estudar, pois da forma como as coisas têm sido (mal) explicadas, certamente não iremos a lado nenhum, ou melhor, como diz Lizuarte Machado, “iremos parar ao abismo”, gastando alegremente o nosso dinheiro!  

domingo, 29 de março de 2015

Filme institucional da Transinsular-Transportes Marítimos Insulares, SA


Filme institucional da Transinsular-Transportes Marítimos Insulares, SA., publicado na página do Grupo E.T.E., no YouTube.

Navio de cruzeiro, "National Geografic Explorer", em Ponta Delgada




© Copyright fotos: António Simas, S. Miguel.
Pesquisa de dados técnicos: Paulo Peixoto, Boston.
Navio de cruzeiros, "National Geografic Explorer", fotografado em Ponta Delgada, pelo Amigo, António Simas, no dia 28 de março de 2015.
Nome: NATIONAL GEOGRAPHIC EXPLORER.
Tipo: Passageiros/Cruzeiro.
IMO: 8019356.
Indicativo: C6WR2.
MMSI: 309336000.
Bandeira: Bahamas.
Porto de Registo: Nassau.
Numero Oficial: 8001438.
Donos e Operadores: Lindblad Expeditions Inc.- Seattle, Washington, EUA.
Classe: Det Norske Veritas.
Ano de Construção: 1982.
Data de Entregue: 03/12/1982.
Estaleiro: Ulstein Hatlo AS- Ulsteinvik, Noruega. Casco#176.
Comprimento Fora a Fora: 112,00 metros.
Comprimento entre Perpendiculares: 97,88 metros.
Boca Máxima: 16,50 metros.
Pontal: 8,84 metros.
Calado: 4,74 metros.
Arqueação Bruta: 6,471 toneladas.
Arqueação Liquida: 1,942 toneladas.
Porte Bruto: 1,301 toneladas.
Numero de Convés: 3. Numero de Cabines: 81. Numero de Camas: 154. Numero de Tripulantes: 71.
Potencia de Maquinas: 4,708 kW (6,400 hp), 750,00 rpm. 2 hélices CP.
Velocidade de Serviço: 17,50 nos.
Numero de Maquinas Auxiliares: 4. Potencia Desconhecida.
Potencia de Geradores Auxiliares: 1,685 kw.
Numero de Thrusters: 2. Potencia Desconhecida.
Nomes Anteriores: Midnatsol (1982-2003), Midnatsol II (2003-2005), e Lyngen (2005-2008).
Transformado de Navio de Carga Geral/Passageiros em Navio de Passageiros/Cruzeiro em Julho de 2008.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Governo aprova a fusão da Transmaçor com a Atlânticoline, S.A., e as obras de ampliação do porto da Casa no Corvo

© Foto e Fonte: Gacs.
O Comunicado do Conselho do Governo, elaborado a  25 de março, no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada,  contém dois pontos de grande importância relativos à politica marítimo-portuária:
 - Aprovar, por via da incorporação, a fusão da Transmaçor – Transportes Marítimos Açorianos, Lda. com a Atlânticoline, S.A.

Esta medida, prevista no Programa do XI Governo Regional, contribui para a consolidação da política integrada de transportes marítimos, reduzindo e agilizando os centros de decisão e permitindo as desejáveis economias de escala e uma maior otimização em sede de demonstração de resultados da operação.

O Conselho do Governo deu, ainda, orientação ao Conselho de Administração da Atlânticoline, S.A. para que, após a fusão, proceda à transferência da sua sede social para a cidade da Horta.

 - Autorizar a celebração de um contrato entre a Região Autónoma dos Açores e a Portos dos Açores, S.A. para a realização da obra de ampliação do Porto da Casa, na ilha do Corvo, destinada a aumentar as condições de segurança e operacionalidade das atividades portuárias.

Esta obra, que tem um prazo de execução de 900 dias e está orçada em 9 milhões e 800 mil euros, corresponde a um compromisso eleitoral deste Governo.

A empreitada inclui o prolongamento do cais em 40 metros, o aumento da plataforma de parqueamento de embarcações em seco, a recuperação da rampa de varagem e a dragagem da bacia de manobra.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Comunicado da Portos dos Açores, SA - Estaleiro Naval da Madalena do Pico



Na sequência de notícias difundidas ao longo dos últimos dias, em diferentes órgãos de comunicação social locais e regionais, sobre eventuais atrasos na reparação do Estaleiro Naval da Madalena do Pico, a Portos dos Açores, S.A. tem a esclarecer o seguinte:

1. Os trabalhos de reparação e reabilitação do sistema de alagem de embarcações no Estaleiro Naval da Madalena do Pico estão a decorrer já desde o passado mês de janeiro.
2. O guincho de tal sistema foi já reparado na ilha de São Miguel e deve ser  instalado no seu devido local na próxima  semana, após o que serão feitos os ensaios de carga e ajustamentos dos sensores.
3. Está, por outro lado, também já  concluída a construção de três novos carros de alagem.
4. Começaram anteontem, dia 24 de março,  os trabalhos de reparação e/ou substituição dos carris da rampa de varagem, com início da furação das lajetas para fixação dos novos chumbadouros.
5. Já foram, entretanto, encomendadas as buchas químicas necessárias para o efeito, aguardando-se a sua chegada do exterior.
6. Conforme informação do empreiteiro, prevê-se que, se as condições de agitação marítima e a visibilidade no mar o permitirem, a conclusão dos trabalhos deva ocorrer até ao final do próximo mês de abril.
7. É de notar que, em outubro de 2014, o Governo Regional dos Açores, através da Direção Regional das Pescas, procedeu à limpeza do poço da ‘báscula’ de transferência de embarcações e, posteriormente, foi efetuada uma peritagem ao Estaleiro Naval da Madalena, que concluiu que a estrutura daquele equipamento apresentava condições de segurança para a alagem de embarcações, embora carecesse de uma intervenção antes das operações de arriagem.
8. Desta forma, em novembro último, o Governo Regional promoveu outra intervenção nos Estaleiros Navais da Madalena que incluiu o reforço da estrutura metálica da referida báscula.


Horta, 26 de março de 2015


O Departamento Jurídico, Administrativo
e de Comunicação da Portos dos Açores, S.A.

terça-feira, 24 de março de 2015

Bóia ondógrafo da Graciosa em funcionamento




 A Universidade dos Açores, procedeu hoje à recolocação da bóia ondógrafo da Graciosa, pertencente ao Projecto Climaat. A colocação do importante aparelho cientifico, contou novamente com a colaboração da, Portos dos Açores, SA, que disponibilizou a lancha de Pilotos, "Electra", para o transporte do referido aparelho. Voltamos assim, após cerca de 2 anos de inactividade a poder aceder aos dados relativos à ondulação sempre úteis para a actividade marítimo-portuária.


quinta-feira, 19 de março de 2015

N/M "Ponta do Sol",



© Copyright fotos: MM Bettencourt, Graciosa.
Algumas imagens relativas à escala do porta-contentores , "Ponta do Sol", no porto da Graciosa na passada terça-feira dia 17. 














terça-feira, 17 de março de 2015

O PORTO DE PIPAS E O NOSSO DINHEIRO

Artigo de Eng. José Ribeiro Pinto


Começo por informar que sou daquelas pessoas que pensam que todo o dinheiro que o Governo e as Câmaras Municipais gastam é nosso, do povo, mesmo aquele que nos foi dado pela União Europeia (os chamados Fundos Comunitários). Por isso, não vou na conversa de que “nesta obra ou nesta aquisição só gastamos 15% porque o resto é pago pela Comunidade Europeia”. Não, o dinheiro é-nos dado pela UE e nós gastamo-lo como quisermos, ou melhor devemos gastá-lo o melhor possível! 
Por razões que não interessam para aqui, só agora tive oportunidade de ler o PREIT – Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira. Naturalmente, por falta de competência, não vou aqui analisar o documento. Vejamos apenas uma questão que me saltou à vista sobre um assunto que conheço relativamente bem.
O PREIT refere no capítulo “Medidas a adotar pelo Governo dos Açores”, Eixo 6 – “Antecipação de obras e procedimentos previstos para a Terceira ao abrigo da Carta Regional de Obras Públicas” a intenção de “Antecipar os procedimentos e lançamento de obras previstas na CROP para a Ilha Terceira, a desenvolver em 2015”. A segunda obra mais cara que o Governo pretende lançar já é precisamente a “Construção da rampa para navios ro-ro e ferry, e obras complementares de abrigo do Porto de Pipas” pelo valor de 11.000.000 €, sim…onze milhões de euros!
Confesso que fiquei surpreendido,…assustado até. O Governo vai construir agora no Porto de Pipas uma rampa para navios ro-ro e ferry. Que navios serão estes? E obras complementares de abrigo para quê? Para novo(s) cais?
De facto uma rampa, que é urgentíssima, custará menos que 1 milhão de euros, pelo que os outros 10 milhões irão para um novo molhe e para um novo cais, suponho. 
Mas para que é que querem um novo cais? O Sr. Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou na passada 6.ª feira na RTP – Açores que os novos ferries que serão comprados transportarão passageiros e carga rolante (que poderá incluir 12 contentores). É por demais evidente que ninguém está à espera de ver os dois ferries com 1200 passageiros, dezenas e dezenas de automóveis e carrinhas, e ainda contentores, no Porto de Pipas. Para que seria então um novo cais? Para nada!
Até agora só tem escalado regularmente o Porto de Pipas o pequeno navio ro-ro “Gilberto Mariano” da Transmaçor (apenas no Verão passado) e, muito esporadicamente, pequenos navios de cruzeiros. E assim vai continuar a ser.
Ora, para este tráfego as actuais infra-estruturas chegam e sobram desde que se construa uma rampa para o navio “Gilberto Mariano” (e claro que outra no porto da Calheta de S. Jorge).
Não precisamos portanto de nenhum outro cais: O “Gilberto Mariano” ficará servido com uma rampa que custará quase 1 milhão de euros (porque o melhor sítio para ela é no lugar do actual cais de elevação de embarcações de recreio - o chamado cais do travel-lift – pelo que teremos de refazer este cais ao lado) e os outros navios, de cruzeiro, se forem pequenos encostam no cais “de fora”, como têm feito até agora, e se forem grandes, ficarão ao largo como ficam em centenas de portos famosos por esse mundo fora, se não quiserem ir para o Porto da Praia da Vitória (é curioso que este PREIT não refere especificamente a passagem para gestão da Portos dos Açores do chamado Porto dos Americanos…o que é uma pena!).
Com a compra dos novos ferries (cujas funções e características teremos que abordar em próximo artigo) o transporte marítimo de passageiros e de cargas vai mudar, e, assim sendo, todas estas coisas vão passar pelo porto da Praia da Vitória e não pelo de Angra. 
Melhor seria, e já uma vez aqui o escrevi, que o Governo e a Câmara Municipal de Angra se preocupassem mais em fazer uma promoção efectiva de Angra do Heroismo como cidade fundamental nos Açores para o Turismo de Cruzeiros
Caros Governantes: deixemo-nos de invenções estapafúrdias que custam milhões de euros e pensemos no que realmente necessitamos. Peguemos nesses 10 milhões de euros e invistamo-los no Porto da Praia da Vitória, a Bem da Região e dos nossos bolsos!    

NRP "Jacinto Cândido", visitou ontem o porto da Graciosa


© Copyright fotos: MM Bettencourt, Graciosa.
 A corveta, "Jacinto Cândido", está actualmente a cumprir a sua missão de segurança e autoridade do Estado no mar nos Açores, atracou ontem no porto da Graciosa, para uma curta visita.
Esta corveta é o segundo da série de seis navios da classe "João Coutinho", foi construída nos estaleiros da BLOM & VOSS AG, em Hamburgo, na Alemanha, sob planos de concepção inteiramente nacionais, entrou ao serviço da Armada Portuguesa no dia 16 de Junho de 1970.
É sempre com prazer, que o porto da Graciosa, recebe uma visita de um navio da Marinha Portuguesa, mas esta corveta, em particular, está ligada pelo nome do seu Patrono ( ilustre terceirense) e história, directamente aos Açores, pois este navio encontrava-se em missão nos Açores em Janeiro de 1980, tendo prestado serviços de grande valia no apoio ás populações por ocasião do sismo de 01 de Janeiro de 1980, fruto disso, foi autorizada em 13 de Maio de 1981 a usar a medalha de ouro de serviços distintos.


Patrono
Conselheiro Jacinto Cândido da Silva

"Nasceu em Angra do Heroísmo, Açores, em 30 de Novembro de 1857.
Fez os seus estudos superiores em Coimbra, onde foi um aluno distinto, tendo-se formado em Direito.
Depois de ter praticado advocacia em Lisboa, regressou a Angra para ocupar um lugar de professor no liceu local.
Eleito, em 1886, deputado pelos Açores, vem para Lisboa a fim de tomar parte nos trabalhos parlamentares, tendo deste modo ingressado na vida política, onde se haveria de revelar como grande orador. Fundou o Partido Nacionalista, de que foi chefe, e foi conselheiro de Estado.
Na sequência da sua vida política foi nomeado ministro da Marinha e do Ultramar em 26-11-1895, pasta que orientou até 07-02-1897.
Como ministro da Marinha, tornou-se célebre mercê do seu plano para a renovação da Armada, principalmente ao fazer publicar verbas para a construção (quase simultânea) de quatro cruzadores - o "D. Carlos", em estaleiros ingleses; o "S. Gabriel" e o "S. Rafael"; em estaleiros franceses, e o "D. Amélia" no nosso Arsenal da Marinha. A construção deste último navio constituiu uma vitória para a indústria naval portuguesa do tempo.
Deste modo se formou a nossa 1ª (e única!) força de cruzadores, que além daqueles quatro navios reuniu ainda o remoçado e reconstruído "Vasco da Gama" e também o "Adamastor", este adquirido com o resultado da subscrição pública nacional, após o ultimato inglês de 1891.
Outros problemas da Armada, como a instrução do pessoal e a adaptação das infra-estruturas navais às exigências da sua "nova Marinha", merecem, igualmente, a Jacinto Cândido, cuidados especiais.
Pelo casamento, a sua vida ficou ligada a Penamacor, cujo povo não esqueceu, erigindo-lhe no Jardim Público um busto em bronze.
Faleceu em Lisboa, em 26 de Fevereiro de 1926."
(©) Copyright texto biográfico e foto: Marinha Portuguesa.
Fonte: Marinha Portuguesa.







sábado, 14 de março de 2015

Vítor Fraga, no programa "Direito de resposta", da RTP-A


Ontem o secretário Regional do Turismo e Transportes, Vitor Fraga, afirmou em entrevista ao programa, "Direito de resposta", da RTP-Açores, que os dois futuros ferrys serão para subconcessionar aos privados.

Futuros ferrys da Atlânticoline, serão subconcessionados

Nos Açores, existe uma vontade política de criar um mercado interno,  essa vontade do meu humilde ponto de vista deve ser a base da definição de um diferente sistema de transportes marítimos, a implementar nestas 9 ilhas. A evolução é algo absolutamente natural, obviamente que essa evolução e consequente mudança deixa alguns apreensivos, mas não podemos permitir que se atrase mais o desenvolvimento e implementação de um sistema de transportes marítimos inter-ilhas, mais eficiente, rápido e económico. 
Basta fazer um pequeno exercício simulando envio de carga inter-ilhas, para perceber que  Lisboa, está a menos tempo de distância do que por exemplo a cidade da Horta!!! Será esta uma situação aceitável para quem alega pretender criar um mercado interno nos Açores? 
Será difícil entender que os Açores só terão a ganhar com um serviço que assegure uma "ponte", inter ilhas? Acho que não! Aliás já no tempo dos romanos, se percebia a importância das comunicações!

Engraçado duas teorias: Uma que alega não haver condições de mar nos Açores para os ferrys navegar todo o ano! Engraçado porque o saudoso, "Ponta Delgada", o fez durante anos, ou terá sido uma alucinação colectiva! Outra teoria, tem a ver com o número de passageiros, não justificar o serviço! Os passageiros serão sempre um movimento sazonal, a mais valia de um serviço deste tipo é a polivalência, permitindo, não apenas passageiros, mas as viaturas dos mesmos (ou não), e a carga rodada, que representa o incremento das trocas comerciais e a criação do tal mercado interno.

Também por aqui, sempre afirmei que gostaria de ver implementado um sistema que apresenta-se uma cooperação entre o serviço fundamental dos porta-contentores e o(s) ferry(s). Ontem o secretário Regional dos Transportes e Turismo, Vitor Fraga, afirmou em entrevista ao programa, "Direito de resposta", da RTP-Açores, que os dois futuros ferrys serão para subconcessionar aos privados, abrindo assim eventualmente as "portas", para que possamos ter um sistema que potencia as sinergias de dois sistemas, o da ligação dos porta-contentores e dos ferrys.

Engraçado que na Madeira, já  existe este sistema em funcionamento e muitos madeirenses, entre eles o Amigo Paulo Farinha, lutam pelo sonho de ligar o seu arquipélago ao continente português, tendo para tal apresentado uma petição na Assembleia da Republica. Nós por cá, ou melhor alguns, lutam contra a implementação dos ferrys inter-ilhas! Como diria um professor meu" Já os conheço de gingeira!"






sexta-feira, 13 de março de 2015

"Lobo Marinho", no Porto Santo,

© Copyright fotos: Elvio Leão, Porto Santo.
Algumas imagens relativas à operação do ferry, "Lobo Marinho", na ilha do Porto Santo, arquipélago da Madeira, oferecidas pelo amigo Elvio Leão, autor do excelente blog, "O Mar do Porto Santo", que convido a visitar. 

História: "Em Outubro de 1995, a Porto Santo Line ganha o concurso público para a exploração da linha marítima entre a ilha da Madeira e a ilha do Porto Santo.
Em Junho de 1996 é adquirido um navio para colmatar as necessidades exigíveis desta linha - Segurança, Regularidade e Conforto - e adapta-o ao mercado madeirense, através da remodelação do seu interior, 1º classe e colocação de rampas laterais, com uma nova imagem e um novo nome: "Lobo Marinho".
A viagem inaugural desta linha de serviço público deu-se a 8 de Junho de 1996.
Este navio, além de poder transportar passageiros e carga, atingiu elevados níveis de conforto proporcionados pelos seus estabilizadores. " In Porto Santo Line.



Rebocador oceânico, "Pontodynamos"



© Copyright fotos: Francisco Nunes, Lisboa.
Rebocador oceânico, "Pantodynamos", fotografado no Tejo, pelo Amigo, Francisco Nunes. Este castiço  rebocador, veio até à capital portuguesa com o objectivo de levar rumo à Turquia o navio de cruzeiros, "Lisboa". Contudo atrasos na entrega do navio, fizeram com o rebocador aguarde fundeado ao largo de Cascais.
Partilho então algumas imagens de "menino", verde e branco! Não sei porquê, mas gosto da suas cores!



TERMINAL MARÍTIMO ‘JOÃO QUARESMA’, NA MADALENA, REABRE NO PRÓXIMO DIA 18


O Terminal Marítimo ‘João Quaresma’, na Madalena do Pico, será reaberto à operação de navios de passageiros, na próxima quarta-feira, dia 18 de março, após implementação de medidas e procedimentos naquela infraestrutura portuária que asseguram a existência de adequadas condições de segurança para o transporte de pessoas e viaturas inter-ilhas, conforme já foi comprovado pela autoridade marítima.

A implementação de diversas alterações estruturais e de procedimentos foi realizada após a análise dos diversos estudos, pareceres e peritagens efetuados nos últimos meses e atendendo ainda às recomendações oportunamente dirigidas à Portos dos Açores e à Transmaçor pela autoridade marítima.

Entre as medidas implementadas estão a recolocação e substituição de dois dos cabeços de amarração por outros, tendo sido ainda recolocados os chumbadouros dos restantes cabeços instalados naquela infraestrutura portuária e reposicionadas as defensas, conforme solicitado da Transmaçor, Lda.


Portos dos Açores, S.A.