Ontem operou no porto da Graciosa o navio dos TMG,Lda., "Espírito Santo" e o navio porta-contentores da Boxlines, "S. Rafael". Da operação ontem do "S. Rafael" o destaque vai para a manobra de desatracação, uma vez que achou-se conveniente efectuar um pequeno teste à capacidade de tracção da lancha de Pilotos "Electra", que com os seus 1006 cv, desenvolve cerca de 6 tons de tracção, este teste teve como finalidade observar na prática a sua real capacidade e comportamento. Esta lancha de Pilotos foi construída com uma pequena molheira e um gato-de-escape, tendo em conta que se destinaria a operar num porto que não possui rebocador, embora como é óbvio não o substitui, mas poderá dar o seu contributo em determinadas situações em que os Pilotos da APTG,SA, o julguem conveniente.
Um Agradecimento à Ana R. Fraga e ao Paulo Medeiros pela amabilidade de terem registado as fotos da manobra.
(©) Copyright fotos: 5ª e 6ª Ana R. Fraga; 4ª,7ª e 8ª Paulo Medeiros; 1ª,2ª e 3ª MM Bettencourt.
Só hoje é que tive oportunidade de ler a opinião do senhor piloto Rui Carvalho sobre a política adoptada pela Transinsular nas suas cargas do Continente para os Açores e o facto de fazer muitas baldeações e estas não serem executadas na Praia da Vitória.
ResponderEliminarA razão é muito simples.Como se devem recordar antigamente estas baldeações eram efectuadas no porto da Praia da Vitória para o Navio Vitorino Nemésio. Deixaram de se fazer nesse porto porque o mesmo deixou de ser competitivo em três aspectos:
- A taxa da APTG, SA é a mais carga do arquipélago;
- O custo de movimento da OPERTERCEIRA é o mais caro das três empresas de estiva e
- A Cimentaçor deixou de carregar o cimento em contentores, na Transinsular, passando a efectuar o seu embarque em big bags nos TMG.
Portanto, o porto da Praia da Vitória continua, ano após ano, a perder carga e não é competitivo.
A TRansinsular e os outros armadores têm que fazer contas à sua exploração, e por isso não fazem as baldeações na ilha TErceira
Caro Visitante, Obrigado pela visita e pelo seu comentário o navio Vitorino Nemésio prestou bons serviços á minha ilha além disso foi o primeiro navio de contentores onde trabalhei agora chama-se Maria P, tenho grande respeito por esse navio, dentro em breve esperamos fazer um post com esse velho amigo, tinha uma tripulação em que o Amigo Rui fazia parte.Quanto ao porto da Praia da Vitória deixo para o Amigo Rui responder pois é melhor conhecedor dessa realidade. Quanto ao cimento ter deixado de ser contentorizado acho um retrocesso, enfim mas isso como sabe envolve outros interesses.A cimentaçor está agora a enfrentar a concorrencia de Cimento da Turquia ( mais barato) importado pela Tecnovia Açores um dos seus melhores clientes.
ResponderEliminarCumprimentos e volte sempre
Manuel
Amigo Manuel Maria. Minhas felicitações pelas imagens colocadas referente a lancha de pilotos "ELECTRA" na manobra de desatracar do navio S.RAFAEL na Graciosa.Quero apenas acrescentar que as suas 6 Ton de tracção tornam-se de uma boa eficacia em caso de necessidade.Este tipo de exercicio com condições de bom tempo vem proporcionar aos tripulantes da lancha um treino fundamental para o seu manuseamento.Os meus agredecimentos ao Cmdte do S.Rafael (Sr.Manfred Bujevac) que concordou com o exercicio.
ResponderEliminarHenrique Almeida
(Piloto de Barra da APTG )
... o amigo não indicou quais as conclusões do teste efectuado com a lancha de pilotos. Melhor que as minhas conclusões baseadas nas fotografias apresentadas, são aquelas dos que viram e / ou efectuaram o teste. =)
ResponderEliminarCumprimentos,
Amigo Henrique, Obrigado pela visita e comentário, aproveito este meu comentário para Agradecer a tua colaboração (não apenas ontem) mas também pelas fotos aqui publicadas que amavelmente efectuas do porto da Praia da Vitória.
ResponderEliminarJá agora também um Abraço para toda a tripulação do S. Rafael.
Um Abraço
Manuel
Caro Pedro Baptista, Obrigado pela visita e comentário, penso que o Amigo Henrique ( Piloto de serviço) responde á sua pergunta. Contudo se necessitar de algo mais esteja à vontade terei todo o gosto em responder.
Cumprimentos e volte sempre
Manuel
Caro Anónimo
ResponderEliminarComo deve saber, além de ter sido oficial no navio VITORINO NEMÉSIO duarante sete meses em 1998, precisamente quando este deixou de fazer as baldeações na Praia da Vitória, passei em Dezembro de 1999, após ter ido à Escola Nautica acabar a minha licenciatura, a desempenhar funções de Director Técnico da Empresa de Operações Portuária da Praia da Vitória - vulgo OPERTERCEIRA, na qual fiquei até 30 de Setembro de 2002.
A questão das baldeações na PVT resume-se a que quando estas se mudaram em exclusivo para Ponta Delgada, consta que alguém se esqueceu de cobrar 23.000 taxas de baldeação logo no primeiro ano, porque não foram declaradas.
Tanto é que a própria APSM, SA exigiu à OPERPDL "32 Milhões em taxas não declaradas", processo entretanto "ABAFADO".
Estranho, não é ?
Assim é fácil ser mais barato.
As taxas são práticamente iguais em todas as Administrações, e só não o são quando coisas do ARCO-DA-VELHA acontecem.
Concordará comigo que as vergonhas que se passam na OPERPDL e o corre nos Tribunais de Ponta Delgada não é muito prestigiante.
Lembro-lhe que o Porto da Praia da Vitória é o único da Região Autónoma que cobra sobre a unidade de carga e não em períodos de tempo, paga-se o que se faz.
Abraço
Rui Carvalho
Sr. Piloto Rui Carvalho,
ResponderEliminarComeço por lhe dizer que não sabia que o senhor tinha sido director da empresa de estiva da Terceira, mas sei que o tarifário é aprovado pelo conselho de gerêcia, pelo que o senhor não tem a mínima culpa no seu valor. Também sei que um movimento de contentor custa aos armadores cerca de 37,50€ em Ponta Delgada e 55,00€ aqui na Terceira.
Quanto às taxas sobre os contentores custam mais 20,00 cada um e são pagas pelos carregadores / recebedores das cargas. Os tarifários são iguais em todas as ilhas mas a APTG debita um conferente por contentor o que não acontece nas outras ilhas.
Caro Anónimo
ResponderEliminarAs taxas que refere são as debitadas ao cliente por parqueamento, não sendo debitadas directamente ao armador.
Abraço
Rui Carvalho