Especialmente para o Amigo Emilio Costanera, ficam aqui algumas fotos de uma visita ao porto de Las Palmas, Gran Canária no ano de 2002, contudo peço desculpa pela fraca qualidade das fotos, é um porto fantástico que merecia melhor fotos.
À quase cinco séculos que o porto de Las Palmas, devido à sua estratégica localização geográfica, ás excelentes condições da sua baía e a qualidade dos seus serviços, colocaram-no numa posição destacada para as principais linhas marítimas, entre Europa, África e América. O Porto de Las Palmas, foi o grande motor económico que levou ao crescimento da cidade, a mais populosa das Canárias, na altura destas fotos o porto já dispunha de uma linha de atraque de 14 Km, estando na altura a processar-se o seu aumento.
Na revista do Porto de Las Palmas constava o seguinte:
-O Porto de Las Palmas está ligado com mais de 380 portos e linhas marítimas.
-Conhecido como a maior estação de combustíveis do Atlântico devido ás 1 900 000 toneladas de produtos petrolíferos que fornece anualmente.
-È o primeiro porto pesqueiro da zona com um movimento anual de mais de 500 000 tons de pescado congelado.
-O trafico internacional de contentores situa-se nos 650 000 teus.
- Conta com o maior centro de reparações navais da zona.
- È um porto tradicional na rota de navios de cruzeiros, com um movimento de mais de 1 milhão de passageiros entre turistas e tráfico domestico.
- Dispõem do maior porto Desportivo das Canárias, com uma capacidade para 1000 atraques.
-O porto de Las Palmas têm desfrutado de uma tradicional liberdade comercial, através do Regime Especial Económico das Canárias, que é um estatuto especial dentro da União Europeia.
Não esquecer que estes dados eram referentes a 2002, hoje certamente o porto terá evoluído e terá mais infraestruturas, para quem como eu saia dos Açores pela primeira vez este porto fez-me sonhar, mas depois aprendi que não vale a pena sonhar, nem que seja sonhos pequeninos.
(©) Copyrights fotos: MM Bettencourt, Gran Canária.
Info: Revista da Autoridade Portuária de Las Palmas 2002.
(©) Copyrights fotos: MM Bettencourt, Gran Canária.
Info: Revista da Autoridade Portuária de Las Palmas 2002.
Caro Emilio, aqui está as fotos que prometi, como vê não são fotos de grande qualidade por isso depois de digitaliza-las fiquei com duvidas em publica-las, mas como falou nisso aqui vão.
ResponderEliminarComo calcula para mim este será sempre um porto especial, para quem saiu dos Açores pela primeira vez foi como se tivesse ido para a Lua, fazia-me confusão tanto desenvolvimento sem ver as tipicas vaquinhas, é um lugar bonito e de gente simpática um dia gostava de lá voltar.
Olhando para as Canárias ( bem sei que não existe comparação) fico a pensar se algum dia poderemos ter um desenvolvimento do transporte marítimo dentro do que se faz por lá inter ilhas, sinceramente penso que não.
Um Abraço
Manuel
Caro Manuel, obrigado pelo post. Valeu a pena. Incrivel como desde 2002, o porto de Las Palmas já cresceu imenso. Embora Las Palmas seja bastante populosa, Santa Cruz de Tenerife está hoje em dia colada à cidade de La Laguna e juntas formam a maior e mais populosa área urbana das Canárias, sendo que grande parte da área urbana da "cidade de Santa Cruz" na verdade já se encontra dentro do municipio de San Cristobal de La Laguna... Mas o amigo Saez poderá explicar isso melhor. Tenerife é também a mais populosa ilha de Espanha. Quando falo a alguns amigos no crescimento constante a nível estrutural que este porto de Las Palmas tem tido, normalmente respondem-me "Olha, com dinheiro também eu!" Pois lá está, é uma coisa que falta muito em Portugal: Dinheiro. E cada vez vai faltar mais. Mas também se o tivéssemos, julgo que teriamos sempre menos visão que nuestros hermanos. Em Portugal impera o "fazer tudo em cima do joelho" e "em cima da hora".
ResponderEliminarEm relação ao desenvolvimento do transporte maritimo inter-ilhas, mais especificamente em relação aos Açores, para justificar-se algo parecido com as Canárias, teriam de ter uma população semelhante e um turismo semelhante, coisa que muita gente nos Açores dispensa, principalmente a 2ª parte. É preciso ver também que as Canárias têm bem mais do triplo da área dos Açores. Penso que mesmo assim é possivel ainda melhorar muito, e julgo que devagar se vai lá. Estão a ser seguidos os mesmos passos que se deram na Madeira há anos atrás, embora pense que nos Açores falhou a iniciativa privada, o que é pena, pois não se pode estar sempre à espera do governo para tudo, e já agora o governo também não pode cortar os pés aos privados (mesmo emigrantes) que queiram investir no sector. É também preciso que mal estejam reunidas as condições nos portos açoreanos para a utilização generalizada de ferrys e navios Ro-Ro, os privados passem a apostar também em navios desse tipo, em detrimento dos "mini-cargueiros". Cumprimentos.
Meu Amigo não tem que agradecer, foi um prazer, mas infelizmente não fiz grandes fotos.
ResponderEliminarBem quanto à sua análise concordo totalmente consigo em especial o seu ultimo paragrafo, está tudo lá.
Primeiro teriamos que defenir a politica de transportes, se por exemplo a solução fosse um ferry todo o ano com carga rodada, teriamos que defenir que tipo de ferry ( convencional? capacidade? velocidade? tamanho ? etc) depois dessas definições, criar nos portos todas as infraestruturas necessárias para essa operação, desde as rampas ro-ro adequadas aos ferrys, parques para viaturas, gares para apoio aos passageiros etc, também convinha estudar uma rotação adequada.
Bem sei que não se pode comparar os dois arquipélagos, mas acho incrivel que por vezes no meu porto esteja um navio ferry com 117 metros que só transporta Smarts e logo atrás um que só transporta uma certa carga, não seria mais vantajoso o ferry fazer tudo? como em outros sitios? Mas o meu amigo diz bem, infelizmente os privados estão parados, muito mais na questão dos ferrys, o governo que teve uma ideia boa está com medo de apostar definitivamente e a sério nos ferrys, porque se calhar quer estar bem com todos.
Vejo que é uma pessoa informada e culta, pela sabedoria que demonstra nos seus comentário, se me permite faço-lhe uma pergunta:
Não acha que estamos parados no tempo, que os ferrys de uma forma inteligente e minimamente sustentada poderiam ser um maior factor de desenvolvimento social e economico nos Açores?
As suas palavras sobre turismo nas Canárias fez-me lembrar a visita do Amigo Sáez à minha ilha, eu sonhava com o turismo e ele avisava-me para os perigos disso, dizia-me que esse turismo de massas tambem tráz muitos inconvenientes, mas penso que nos Açores não vamos ter multidões.
Um Abraço e volte sempre
Manuel
Esqueci-me de dizer uma coisa é verdade que somos pobres mas o pior é que gastamos mal o dinheiro, e o resultado por vezes é pior do que se estivessemos quietinhos. Não se podem fazer obras só para calar a boca das pessoas e depois hipotecar o futuro.
ResponderEliminarAbraço
Manuel
Caro Manuel, os ferrys podem ser um maior factor de desenvolvimento social e economico não só nos Açores, como em qualquer região insular. Já aqui falámos que a solução ideal para a Graciosa (e não só) seria uma semelhante à do Porto Santo, um misto de ferry com carga rodada + porta contentores. Por exemplo, ontem (Domingo) ao longo do dia vi o ferry "Lobo Marinho" passar várias vezes em direcção ao Porto Santo. Não faço ideia quantas viagens fez. Sei que em épocas altas e fins-de-semana com "pontes" ou feriados, chega mesmo a fazer 3 viagens de ida e volta num só dia. Devido à grande quantidade de passageiros e seus carros, o espaço para carga rodada pode ficar mais limitado, mas o serviço contentorizado da ENM no "Funchalense 5" tem concerteza assegurada toda a carga, especialmente vinda do Continente ou norte da europa. Durante os meses de inverno ou época baixa, o ferry embora transporte menos passageiros em turismo e seus automóveis, tem na carga rodada um sustento. Assim deveria ser nos Açores. Há que promover também actividades que incluam diversas ilhas dos Açores ao longo de todo o ano, para fomentar a movimentação das pessoas por ferry fora das épocas altas, como se faz no Porto Santo, seja para participar ou simplesmente assistir a rallies, golf, vela, triatlon, karting, pesca, parapente, motonáutica, asa-delta, congressos, passeios a pé, seja o que fôr, embora reconheça que no inverno o mar dos Açores dificulta muito a vida a quem quer viajar por mar, e especialmente a quem "passa mal" no mar. Grande parte do sucesso que o serviço ferry para o Porto Santo tem na Madeira advém também do facto do Porto Santo ter uma excelente e enorme praia e ser uma ilha muito diferente da Madeira em termos paisagisticos, o que faz com que muitos madeirenses tenham por hábito fazer férias lá, sendo também muitos os que têm lá casa ou apartamento. As passagens aéreas inter-ilhas têm preços proibitivos, e muita gente não gosta de andar de avião. A SATA tem na Porto Santo line um concorrente de peso nas viagens inter-ilhas, e como o Porto Santo tem cada vez mais voos regulares e charters directos para o continente europeu, ou seja, que não necessitam que os passageiros façam transbordo no Aeroporto da Madeira, a tendência é a diferença entre o nº de passageiros que viajam entre a Madeira e o Porto Santo, por ar e por mar ser cada vez maior. Eu para lhe ser sincero, de toda a gente que conheço na Madeira que vai ao Porto Santo, todos viajam por ferry, isto porque normalmente quando vão, "vão em férias". E quando eu digo "vão em férias", entro no assunto que eu queria entrar. Os pacotes de férias hotel+carro+viagem para os passageiros que o Grupo Sousa pode fazer porque tem alguns hóteis no Porto Santo. Isso também ajuda a atrair passageiros, embora existam no Porto Santo outros hóteis e resorts que não pertencem ao grupo. E no caso dos Açores, impõe-se uma pequena reflexão: E o Grupo Bensaúde não faz o mesmo porquê? O dito grupo não tem hóteis em algumas ilhas? Não tem já experiência no ramo do transporte maritimo? Não investe em ferrys porquê? Se haveria que chamar a atenção de algum privado nos Açores para investir em ferrys, seria esse o 1º da lista.
ResponderEliminarOutra solução seria todos os privados que possuem "mini-cargueiros" juntarem-se ao grupo Bensaúde (+ algum emigrante que quisesse investir) numa sociedade por quotas para criar-se uma empresa que operasse ferrys com carga rodada. O que não pode ser é ficar tudo dependente de uma "governamental" Atlanticoline (que ao que tudo indica, é o que vai acontecer) que depois acabará por pecar por defeito para não afectar interesses "instalados" e efermerá também de alguns vicios da SATA. (continua)
(continuação)
ResponderEliminarUma derradeira solução: A ARMAS investir no transporte inter-ilhas por ferry nos Açores, como fez em Cabo Verde. Não sei se o governo regional aceitaria mas enfim. Seria um bom incentivo para a ARMAS complementar com uma ligação por ferry dos Açores para o exterior seja para a Madeira e Continente, ou Madeira e Canárias.
Cumprimentos.
Caro Emilio, mais uma vez estamos de acordo, também já pensei que o herdeiro natural desse serviço de passageiros+carga nos Açores seria o Grupo Bensaúde, como diz e muito bem eles teriam capacidade para fazer pacotes como faz o Grupo Sousa na Madeira ou por exemplo o que faz a Fred Olsen nas Canárias com oferta de passagem+carro+ hotel. Estou a pensar com os meus botões porque não o fazem? não sei nem imagino qual a politica do Grupo Bensaúde, já se passaram mais de 12 anos do surgimento do serviço ferry e não me apercebi que eles estivessem interessandos. Na minha humilde opinião, eles não estão nos negócios para perder, logo um sistema de ferrys que só transporta carros e está vedado a carga não será aliciante.
ResponderEliminarTem referido e bem os pequenos navios, vamos imaginar que os Açores tem uma "Ponte" entre si ( leia-se ferry), o que iria alterar no comercio das ilhas? hoje na minha opinião existe 3 sectores- 1 S.Miguel abastece em alguns produtos S. Maria, através do Pareces- 2 Terceira abastece as ilhas do grupo central através dos TMG ( cimento-rações etc)-3 Flores que está ligada com o Corvo.
Vamos imaginar que essa "Ponte" trás para a economia graciosense produtos de qualquer ilha, eu por exemplo decido ir a S. Miguel com uma carrinha e compro lá material de construção para a minha casa, o mesmo aconteceria ás restantes ilhas, deixariamos de ter 3 sectores economicos e passariamos a ser um todo ( mau para alguns).
Imaginemos ainda por exemplo as Flores ( e Corvo) que só recebe carga contentorizada de 15 em 15 dias, num sitema misto porta-contentores+ferry, podia-se intercalar uma semana recebia carga no ferry e na outra semana recebia o porta-contentores, o mesmo se aplicaria à minha ilha e ás outras que só recebem porta-contentores de 15 em 15 dias. Quanto a mim seria uma revolução nos transportes marítimos com uma certa sustentabilidade, aqui neste sistema o amigo diz e bem haveria varias hipóteses, a Atlânticoline nunca (penso eu) fará isto porque é publica e não quer atingir certas "economias".
Passados cerca de 12 anos estamos a construir as rampas ro-ro, estou curioso para perceber para que serviram, será que continuamos apenas com carros? temo que sim mesmo que eventualmente mude o governo, as ultimas declarações da lider da oposição deixaram-me preocupadíssimo, porque na foto que acompanha a noticia pode-se ler tudo e não é bom, será um retrocesso, se estivesse a falar sem ninguem ver dizia-lhe mais qualquer coisa mas é melhor estar calado.
Penso eu que a Atlânticoline é muitas vezes criticada e limitada por aqueles que não querem ferrys, só que estão disfarçados de benfeitores.
Quanto ao mar dos Açores, bem sei que não é fácil, mas digo-lhe que por exemplo a Boxlines não falhou uma unica escala desde janeiro, e o Ponta Delgada executou a sua missão durante todo o ano certo? só temos que ter consciencia que vivemos em ilhas e que por vezes o mar está mau, mas isso é normal, é assim e sempre será.
Quanto à Armas não sei, qual a sua politica, ainda para mais agora que tem uma frota renovada, aqui nesta questão fico a pensar, o contarto com a Hellenic seaways termina este ano mas pode ser renovado para 2012 e até acho que devia porque estes ferrys estão adaptados aos nossos portos onde provavelmente ainda não teremos todos as rampas, mas depois de 2012 que fará a Atlânticoline, faz novo concurso? irá pensar novamente em ferrys próprios? irá a Armas ou Fred Olsen, concorrer como fez e até ganhou o ultimo concurso, e como diz os nossos privados que estarão a pensar Bensaude, Grupo Sousa, Transinsular, pequenos armadores?
Pelo meio disto tudo passa-me agora pela cabeça o estudo da BTM que diz ser os HSC adequados ao mar dos Açores ( está na página da Atlânticoline) enfim isto está confuso e eu não gosto de coisas confusas.
um Abraço, Obrigado pelos seus comentários, aprendi muito com eles, volte sempre
Manuel