Terminaram os trabalhos de construção das Lanchas de Desembarque ÍNDICO I e LUALUA, de 57 e 30m respectivamente, um projecto 100% nacional.
Estas embarcações fazem parte de um total de cinco que os ENP se encontram a construir para o Ministério dos Transportes de Moçambique a serem entregues até ao final do ano.Por considerar que eventos como este têm manifesta importância para os ENP, para a região mas também à escala nacional dentro de uma estratégia de desenvolvimento das Indústrias Marítimas, temos o prazer de difundir algumas fotografias e detalhes destas construções que mostram de forma cabal a capacidade dos ENP e o seu contributo para impulsionar a Indústria Marítima Nacional, projectando-a internacionalmente.
O facto de ser um projecto totalmente nacional, desde o desenho à construção, prova que a Engenharia e Construção Naval de Portugal se encontra "viva" e vê reconhecida a sua qualidade para além fronteiras.
Estas embarcações fazem parte de um total de cinco que os ENP se encontram a construir para o Ministério dos Transportes de Moçambique a serem entregues até ao final do ano.Por considerar que eventos como este têm manifesta importância para os ENP, para a região mas também à escala nacional dentro de uma estratégia de desenvolvimento das Indústrias Marítimas, temos o prazer de difundir algumas fotografias e detalhes destas construções que mostram de forma cabal a capacidade dos ENP e o seu contributo para impulsionar a Indústria Marítima Nacional, projectando-a internacionalmente.
O facto de ser um projecto totalmente nacional, desde o desenho à construção, prova que a Engenharia e Construção Naval de Portugal se encontra "viva" e vê reconhecida a sua qualidade para além fronteiras.
(©) Copyright texto e fotos: Engº José Miguel Silva, ENP, SA.
ÍNDICO I & IILanchas de Desembarque
Comprimento 57m
Boca 11m
Pontal 4.6m
Calado 2.5m
Passageiros 12
Tripulação 12
Deadwheight 700Ton
LUALUA
Embarcação Polivalente
Comprimento 30m
Boca 8m
Pontal 3.5m
Calado 2.3m
Passageiros 80
Tripulação 8
Deadwheight 90Ton
Ferry Modular Lago Niassa
Passageiros e Carga
Comprimento 24m
Pontal 2.4m
Calado 1.0m
Passageiros 100
Tripulação 5
Carga 5Ton (dois carros)
Ferry Cahora Bassa
Ferry Cahora Bassa
Passageiros e Carga
Comprimento 20m
Boca 6.5m
Pontal 2.4m
Calado 0.8m
Passageiros 60
Tripulação 5
Carga 5Ton (dois carros)
Fantásticas estas construções, ainda cheguei a ver uma delas ao longe, embora na altura não soubesse do que se tratava. Parabéns aos ENP, por este projecto concretizado.
ResponderEliminarTenho a certeza que vão aparecer aqui alguns a sugerir estas embarcações (ou semelhantes) para os Açores (Ilhas do triângulo). Pois pensem duas vezes. Estas embarcações vão operar em Moçambique mas onde? Em zonas fluviais? Baías com águas calmas no Maputo? Ah pois. O mar dos Açores é outra coisa. Aquelas rampinhas na proa não iam durar muito. Para os Açores, em navios deste género e tamanho, rampas sempre na popa!
ResponderEliminarMedu Amigo Ricardo, devemos nos orgulhar destas construções, como podemos ler no texto resultantes de um projecto nacional.
ResponderEliminarFico contente de ver os estaleiros nacionais a produzir e a projectar.
Um Abraço
Manuel
Caro Visitante, tem razão em relação ao mar dos Açores, mas a questão não é se estas embarcações poderiam servir ou melhor ser adequadas para o mar dos Açores, a questão mais importante para mim è:
Nós em Portugal e neste caso particular os ENP, tinhamos capacidade para construir os ferrys que irão operar nas ilhas do triângulo, sem esquecer as lanchas de Pilotos da APTO ( Holanda e Irlanda respectivamente), seria certamente bom para a construção naval portuguesa e consequentemente para a economia nacional que tanto precisa.
Não aprecio muita conversa dos nossos politicos a falar da industria do mar, era preferivel pouca conversa e mais acção.
Cumprimentos e volte sempre
Manuel
Parebens a Portugal. Sempre esteve uma rica historia naval e estas embarcacoes so provam que esta tradicao ainda esta bem viva. Tambem gostei de ver o rebocador "Sao Miguel" em seco. Com certeza a fazer beneficiacoes para continuar a sua ja longa historia, ja que foi construido em 1973 em Angola. O rebocador mais antigo dos Acores.
ResponderEliminarAbraco,
Paulo Peixoto
Amigo Paulo, de facto estamos perante um projecto português, o que nos deixa a todos contentes ainda para mais quando o País vive dias dificeis.
ResponderEliminarFaço votos para que este estaleiro tenha muito trabalho no futuro, felizmente a APTG faz aqui a manutenção do seu rebocador e foi aqui que nasceram as Lanchas de Pilotos Europa e Electra, reparei tal como o Paulo que lá estava o S. Miguel em manutenção.
Um Abraço
Manuel
Caro Visitante
ResponderEliminarOs Projectos de Construção Naval são sempre feitos em função do tipo de operação que se pretende e área de navegação.
Assim, se os Açores têm interesse em embarcações para operar no arquipélago, Portugal tem capacidade de projecto e construção para responder a esse interesse.
Respondendo às suas questões, estas embarcação irão operar em Moçambique ao longo de toda a costa e deltas dos principais rios. Como deve saber, Moçambique não dispõe de infraestruturas portuárias em todas as zonas.
As "rampinhas" na proa a que se refere estão dimensionadas para o tipo de operação pretendido "Coastal Area", e de acordo com os critérios da BV. São rampas de desembarque, com capacidade para uma boas toneladas, semelhantes às das LDG da Marinha, por onde eram desembarcados carros de combate. É preciso cuidado nas afirmações quanto à durabilidade destas estruturas.
OS Açores têm poucas praias, e boas estruturas portuárias, logo, um eventual projecto para os Açores seria necessariamente adequado às infraestruturas existentes. Assim, a grande valência destas embarcações (desembarque em praias) não seria usada/útil.
Caro Visitante, Obrigado pela visita e explicativo comentário.
ResponderEliminarApós a sua explicação fiquei a pensar na inteligencia desta opção por parte do nossos amigos de Moçambique, mesmo sem as tais instalações portuárias vão conseguir fazer circular carga e pessoas como se de uma estrada se trata-se, algo que em outros sitios que cá conheço ainda não conseguiram implementar na totalidade.
Não tenho qualquer tipo de duvidas que por exemplos os estaleiros de Peniche seriam capazes de desenhar e construir ferrys como os encomendados pela Atlânticoline.
A situação economica do nosso País leva-nos ou devia levar a uma profunda relexão sobre os erros cometidos, todos nós temos de ganhar uma consciência que o País é um todo, e que nós dependemos uns dos outros, por isso convem valorizar a industria naval nacional, pois trata-se do País que somos todos nós.
Um Abraço Obrigado e volte sempre
Manuel
Construir navios é um ato de grande bravura empresarial e técnica. Os ENP têm-nas, merecem um aplauso.
ResponderEliminarMas também é devido um grande agradecimento à República de Moçambique pela confiança demonstrada.
Já o Governo Regional dos Açores merece sérias reservas pelas demonstrações de falta de confiança na construção naval nacional. Não esqueço a tremenda crise que induziram nos ENVC ao rejeitar os dois navios encomendados, por razões que não me convencem - 380 operários estão agora na iminência do desemprego -, nem esqueço o episódio da abortada parceria com os ENP, que o GRA desconsiderou com a encomenda de navios a estaleiros estrangeiros sem dar uma oportunidade idónia à nova sociedade. Parece que o “síndroma das autonomias” afeta os governantes regionais levando-os a não desperdiçar oportunidades de se “porem em bicos de pés”, especialmente quando podem atingir interesses continentais.
Caro António Barreto, Obrigado pela sua visita e comentário, estou em perfeita sintonia com a sua afirmação "Construir navios é um ato de grande bravura empresarial e técnica. Os ENP têm-nas, merecem um aplauso.
ResponderEliminarMas também é devido um grande agradecimento à República de Moçambique pela confiança demonstrada."
Quanto ás questões politicas, cada um terá sua opinião, a minha é que existe apenas um interesse o Nacional do qual fazemos todos parte, mais tarde ou mais cedo pagamos todos pelos erros.
Sendo segundo me parece um cidadão de Peniche, permita-lhe que lhe diga que me orgulho do trabalho desse estaleiro, não se esqueça que no meu pequeno porto a Lancha de Pilotos Electra ( assim como a Europa na PVT) é filha dessa terra, que deve apoiar essa industria que trás prestigio à região onde está inserida e ao país.
Um Abraço e volte sempre
Manuel
Não percebo nada de construção naval, mas após ler alguns comentários em cima, tenho de dizer o seguinte: Pode ser que o Governo dos Açores não tenha dado grande contribuição para a construção naval nacional com aquele caso do "Atlântida" e do outro ferry mais pequeno. Mas eu pergunto: A PortoSantoLine encomendou o ferry "Lobo Marinho" aos mesmos ENVC. O casco acabou por ser todo feito na Rússia e depois rebocado para cá. Que vantagem é que isso trás à nossa construção naval em termos de empregos e acumulação de experiência, se às vezes acabamos por mandar fazer o "trabalho pesado" lá fora. Se o problema é a falta de experiência em construir ferrys (dignos desse nome), então que se admita que existe tal problema!
ResponderEliminarCaro Visitante nº23, Obrigado pela sua visita e comentário, eu também não percebo de construção naval, mas mesmo sem perceber fico contente de ver navios construidos e projectados por Portugueses alem fronteiras como é o caso destas lanchas de desembarque.
ResponderEliminarQuanto à história do Atlântida é demasiado triste e não quero falar muito disso neste post, talvez faça um post sobre esse navio dentro em breve, mas requer ponderação pois é um tema delicado ainda para mais quando os ENVC passam por uma situação dificil.
Um Abraço e volte sempre
Manuel
Boa Tarde,segundo ouvi o rebocador S.Miguel que vemos numa das fotos ao ser colocado no mar sofreu um acidente e teve que ser rebocado para Setubal porque os referidos estaleiros nao tinham meios para efectuar a reparaçao.sabe mais algum pormenor?
ResponderEliminarBoas Caro Visitante, obrigado pelo comentário e visita, infelizmente não o posso ajudar pois deconheço essa história, mas tentarei me informar.
ResponderEliminarAbraço e volte sempre
Manuel
Em relação à construção naval nacional, e mais especificamente em relação aos ferrys e afins há que reflectir sobre isto: Uns estaleiros navais ali para os lados de Vigo, andaram os últimos anos a construir muitos ferrys para serem usados nas Canárias, nas Baleares, e dessas ilhas para a península (espanhola). Mais recentemente por via de um armador canariano, os mesmos estaleiros já estão a construir (e já construiram) ferrys para serem usados das NOSSAS ilhas (Madeira) para o Continente português. O governo de Madrid é que subsidia? Dá empregos é em Espanha? É capaz, mas a população quer é que alguém preste o serviço. Para quem não quer há muito, e os armadores portugueses e o estado português tiveram muito tempo para pensar sobre isso.
ResponderEliminarBoas caro Vieira, Obrigado pelo comentário e visita, como já disse acima temos que fazer uma refleção sobre tudo e em relação á construção naval também.
ResponderEliminarAbraço e volte sempre
Manuel