A quantidade de atuneiros que costumo ver no Caniçal em doca seca no Inverno é impressionante, e mal há uma vaga entra logo outro. Muitos registados nos Açores mas cujos proprietários, sócios maioritários e/ou tripulações são madeirenses. Sempre se disse no Caniçal que o Governo regional na Madeira não liga às pescas e por isso em termos de subsidios à aquisição/construção de novas embarcações vale a pena regista-las nos Açores por causa dos apoios que o governo local dessa região concede. Além da questão de espaço disponivel, também devido ao clima (menos chuvoso que no Pico por exemplo) alguns armadores que operam nos Açores preferem levar os atuneiros ao Caniçal pois com tempo mais seco os trabalhos de manutenção sofrem menos contratempos. Em relação ao preço de docagem, travelift etc se calhar também é mais vantajoso mas não estou por dentro das taxas. Do outro lado do porto do Caniçal existem também os Estaleiros Navais do Caniçal para embarcações maiores ou mais pesadas como é o caso de areeiros, rebocadores, pequenos cargueiros etc. Descobri um blog sobre atuneiros que parece não estar activo desde 2011 mas se calhar quem gosta de barcos de pesca pode dar uma olhada. O Titulo do blog é "Atuneiros Madeirenses e Açorianos". Aqui fica o link: http://canicalnapesca.blogspot.com Cumprimentos.
Amigo Victor excelente comentário, voltei a aprender umas coisas, vou tentar dar mais atenção à presença destas traineiras na Graciosa. Pelo pouco que vejo desse sector o governo do "tio" César tem contribuido muito para o dsenvolvimento deste sector.
Quando comecei a trabalhar no porto em 1995, no pequeno caís denominado caís da negra havia algumas embarcações de pesca do tipo boca aberta, hoje a frota cresceu e bem ou mal temos porto de pesca e lota nova. Se devemos civicamente criticar os factos que discordamos também devemos reconhecer o que de positivo é feito. Abraço, manuel
Manuel: Em Câmara de Lobos era para ser construido um novo porto de pesca (já devia tar pronto há anos!) para desocupar o porto do Funchal desse tipo de embarcações e respectivas instalações mas com a crise foi tudo adiado e assim continuam as queixas no Porto do Funchal por causa dos cheiros a peixe que incomodam os turistas dos cruzeiros somando-se ao problema das gaivotas.
Boas, se não está pronta com a crise que para aí vem, certamente vai demorar. Falamos muito de mar da industria do mar, mas é só bla´balabla, de concreto nada ou pouco.
Tenho andado a tentar ler aos poucos, a história da Smit, e dou comigo a pensar: a holanda é quase do nosso tamanho, tem empresas de salvamento marítimo, heavy lift, um porto de nivel mundial, enfim muito mais do que aqui escrevo, e nós que nos achamos um país com história marítima temos o quê?
Hoje amigo, dou comigo a pensar, vale a pena lutar pelas nossas ideias, pelas nossas convicções, vale a pena ter um comportamento civico, vale a pena ter coragem, vale a pena acreditar? Hoje já não sei nada, como o outro diria " sei apenas que nada sei"
Desculpe amigo o desabafo, mas hoje estou imensamente desiludido.
Manuel, a Holanda é um exemplo de um país que aprendeu a viver dos serviços que presta aos outros. O porto de Roterdão ou o aeroporto de Amsterdão provam a validade deste modelo. Singapura é outro exemplo. A Dinamarca também é um daqueles casos de "pequenino mas rijo" e não preciso ir buscar o potentado que é a Maersk para lembrar isso. Portugal que aprenda com os outros "pequeninos" pois nem sempre o mundo é dos grandes.
Muito bem dito, mas infelizmente por cá parece que continuamos sem rumo, ou por outra o rumo que nos apontam parece não vislumbrar qual o destino.
Se pensarmos que somos grandes nunca conseguiremos apanhar o figo da figueira, mas se por outro lado assumirmos a nossa pequenês e compramos uma escada talvez conseguimos apanhar os figos.
Belos registos,continue a postar porque a nossa frota cada vez esta mais impotente..Parabens
ResponderEliminarCaro Palangreiro, obrigado pelo comentário, quanto ás fotos são do amigo Sérgio, e são uma bela imagem da frota de pesca.
ResponderEliminarUm Abraço,
Manuel
A quantidade de atuneiros que costumo ver no Caniçal em doca seca no Inverno é impressionante, e mal há uma vaga entra logo outro. Muitos registados nos Açores mas cujos proprietários, sócios maioritários e/ou tripulações são madeirenses. Sempre se disse no Caniçal que o Governo regional na Madeira não liga às pescas e por isso em termos de subsidios à aquisição/construção de novas embarcações vale a pena regista-las nos Açores por causa dos apoios que o governo local dessa região concede. Além da questão de espaço disponivel, também devido ao clima (menos chuvoso que no Pico por exemplo) alguns armadores que operam nos Açores preferem levar os atuneiros ao Caniçal pois com tempo mais seco os trabalhos de manutenção sofrem menos contratempos. Em relação ao preço de docagem, travelift etc se calhar também é mais vantajoso mas não estou por dentro das taxas. Do outro lado do porto do Caniçal existem também os Estaleiros Navais do Caniçal para embarcações maiores ou mais pesadas como é o caso de areeiros, rebocadores, pequenos cargueiros etc.
ResponderEliminarDescobri um blog sobre atuneiros que parece não estar activo desde 2011 mas se calhar quem gosta de barcos de pesca pode dar uma olhada. O Titulo do blog é "Atuneiros Madeirenses e Açorianos". Aqui fica o link: http://canicalnapesca.blogspot.com
Cumprimentos.
Amigo Victor excelente comentário, voltei a aprender umas coisas, vou tentar dar mais atenção à presença destas traineiras na Graciosa.
ResponderEliminarPelo pouco que vejo desse sector o governo do "tio" César tem contribuido muito para o dsenvolvimento deste sector.
Quando comecei a trabalhar no porto em 1995, no pequeno caís denominado caís da negra havia algumas embarcações de pesca do tipo boca aberta, hoje a frota cresceu e bem ou mal temos porto de pesca e lota nova. Se devemos civicamente criticar os factos que discordamos também devemos reconhecer o que de positivo é feito.
Abraço,
manuel
Manuel: Em Câmara de Lobos era para ser construido um novo porto de pesca (já devia tar pronto há anos!) para desocupar o porto do Funchal desse tipo de embarcações e respectivas instalações mas com a crise foi tudo adiado e assim continuam as queixas no Porto do Funchal por causa dos cheiros a peixe que incomodam os turistas dos cruzeiros somando-se ao problema das gaivotas.
ResponderEliminarBoas, se não está pronta com a crise que para aí vem, certamente vai demorar.
ResponderEliminarFalamos muito de mar da industria do mar, mas é só bla´balabla, de concreto nada ou pouco.
Tenho andado a tentar ler aos poucos, a história da Smit, e dou comigo a pensar: a holanda é quase do nosso tamanho, tem empresas de salvamento marítimo, heavy lift, um porto de nivel mundial, enfim muito mais do que aqui escrevo, e nós que nos achamos um país com história marítima temos o quê?
Hoje amigo, dou comigo a pensar, vale a pena lutar pelas nossas ideias, pelas nossas convicções, vale a pena ter um comportamento civico, vale a pena ter coragem, vale a pena acreditar? Hoje já não sei nada, como o outro diria " sei apenas que nada sei"
Desculpe amigo o desabafo, mas hoje estou imensamente desiludido.
um Abraço,
Manuel
Manuel, a Holanda é um exemplo de um país que aprendeu a viver dos serviços que presta aos outros. O porto de Roterdão ou o aeroporto de Amsterdão provam a validade deste modelo. Singapura é outro exemplo. A Dinamarca também é um daqueles casos de "pequenino mas rijo" e não preciso ir buscar o potentado que é a Maersk para lembrar isso. Portugal que aprenda com os outros "pequeninos" pois nem sempre o mundo é dos grandes.
ResponderEliminarMuito bem dito, mas infelizmente por cá parece que continuamos sem rumo, ou por outra o rumo que nos apontam parece não vislumbrar qual o destino.
ResponderEliminarSe pensarmos que somos grandes nunca conseguiremos apanhar o figo da figueira, mas se por outro lado assumirmos a nossa pequenês e compramos uma escada talvez conseguimos apanhar os figos.
Abraço,
Manuel