Em 1904 Thomas Olsen, filho do armador norueguês, Fred Olsen, chega pela primeira vez ás Canárias, interessado em conhecer o processo de produção e embarque da fruta, nos navios de seu tio Otto Thoresen. Thomas Olsen viria a ter um papel de extraordinária importância no desenvolvimento da ilha de La Gomera, a sociedade agrícola criada no vale de Benchijigua é um desses exemplos, tendo sido o primeiro a produzir intensivamente o tomate e a banana.
Don Tomás, como era conhecido, morre em 1969, o seu filho Fred Olsen, assume os negócios do pai, em 1973, Fred Olsen que na altura estava em La Gomera, recebe um desafio vindo de um grupo de responsaveís de La Gomera, este, consiste em criar uma linha entre La Gomera, e Los Cristianos. Após lhe ser efectuado o desafio Fred Olsen regressa à Noruega, e encarrega o seu departamento técnico de estudar a viabilidade de um ferry com menos de 900 tons de registo bruto.
Naquele mesmo ano na semana Santa, durante uma reunião com os responsáveis pelo desafio, Fred Olsen, surpreende todos com a aceitação do desafio e logo ali apresenta o projecto. Nascia assim a Ferry Gomera, SA.
Em 1994, após reestruturação empresarial a Ferry Gomera dá lugar à Lineas Fred Olsen. Hoje a Fred Olsen, Canárias, assegura várias ligações nas Canárias, tirando também partido de outros negócios associados.
Sempre que se fala de ferrys, existe sempre quem diga, que Madeira, Canárias, Baleares, ilhas Gregas, e tantas outras, não são iguais aos Açores! Que grande conclusão, nem as 9 ilhas açorianas o são! Mas a necessidade de mobilidade marítima é igual, a necessidade de estabelecer relações económicas inter-ilhas é igual, seja em maior ou menor dimensão, por isso é que se constroem navios de diferentes dimensões, capacidades e características, por isso é que existem frotas grandes e frotas pequenas.
(©) Copyright fotos: António Saez; Fred Olsen; David Rivero, Canárias. / Imagens: Fred Olsen
Fonte: Livro de Juan Carlos Diaz Lourenzo, Tenerife.
Belo post amigo.
ResponderEliminarEu como ja aqui disse, ja exprimentei estes ferries e são magnificos. Fazem uma verdadeira ponte em Agaete e Santa crus de Tenerife, entre outras ligações. São no entanto navios com consumos um pouco altos, se bem que a duração da viajem talvez compense . Sonhemos Manuel. sonhemos
Abraço
Elvio
Amigo Elvio, eu vou sonhando apenas com ferry anuais e já agora com uns preços simpáticos.
ResponderEliminarAbraço,
Manuel
Manuel, antes que as fotos usadas neste post possam fazer resurgir uma velha questão, continuo a concordar com o resultado da 2ª sondagem ali do lado direito do blog. Estes bichos HSC saem muito caro, ainda para mais com os tempos em que vivemos em que os membros da OPEP sugam-nos o sangue todo quais vampiros. Até nas Canárias onde existe um mercado considerável, a Fred Olsen já voltou a operar um ferry convencional. Lembre-mo-nos também da ARMAS que já teve o "Volcán de Tauro" mas que não vingou. Depois há ainda a questão das condições de mar nos Açores principalmente se pensarmos num ferry para o ano todo.
ResponderEliminarEste ferry pode ter muitas qualidades , mais tem uma coisa má onde ele atraca mais ninguem atraca , devido a estrutura de metal que faz de rampa
ResponderEliminarAmigo Victor e DavidB, concordo com os dois, mas a intenção do post era chamar à atenção para o ano de 1974, e para a forma como a Fred Olsen tira partido dos ferrys.
ResponderEliminarEm 1974 estes já tinham ferrys, Açores 2012 temos ferrys sazonais e limitados, quantos anos de atraso? Essa era a minha questão, quanto aos HSC, já o referi que não são indicados para os Açores por várias razões, mas para ilustrar o post acho que ficam bem são diferentes e bonitos.
Um Abraço,
Manuel
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarUm post interessante. Sobretudo quando disse "...tantas outras, não são iguais aos Açores..."
ResponderEliminarDe facto não existe nenhum modelo de tranportes marítimo em outra parte do mundo que seja aplicado nos Açores pela peculiaridades específicas desta região, quer pela localização geográfica de cada ilha, pela população, pelas condições climatéricas, pela dinâmica socio-económica. Atenção quando digo modelo refiro-me a número e tipo de barcos, periodicidade e sazonalidade. Para se chegar ao modelo mais adequado terão que ser utilizados alguns conceitos utilizados na Madeira, Canárias ou ilhas Gregas entre outras, mas a singularidade dos Açores distingue-nos dessas outras.
No entanto acredito que o futuro dos tranportes marítimos nos Açores deveria passar por uma conjugação de esforços entre as várias pequenas empresas de transportes marítimos dos Açores e Governo Regional dos Açores, melhorando a articulação entre carga e passageiros, reduzindo e modernizando as frotas, e gerir de uma forma sustendada esse serviço imprescindível à frágil economia dos Açores.
Abraço
Caro Diogo, obrigado pela tua participação, gostei da tua análise, a nossa opinião não é muito diferente.
ResponderEliminarCumprimentos e volta sempre
Manuel