quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Novos ferrys da Atlânticoline, na “Fase-2“, do processo de construção


A opção de proceder à construção de dois navios com capacidade para passageiros e viaturas nas ligações entre as ilhas do Grupo Central “vai mudar radicalmente a forma como se processa o transporte marítimo de passageiros principalmente nas ligações entre as três ilhas do Triângulo”, considerando este “um passo decisivo para que a construção de um mercado interno, que nestas três ilhas tem uma posição de vanguarda, possa atingir um novo patamar em relação ao já existente e cujas condições entendemos poder ser melhoradas”.
Referia, Vasco Cordeiro, actual Presidente do Governo Regional dos Açores, (na altura  Secretário Regional da Economia),  durante a cerimónia de assinatura do contrato de construção dos dois navios ferry de 40 metros para a operação regular de transporte marítimo de passageiros e viaturas nas ilhas do Grupo Central, celebrado entre a empresa Atlânticoline SA e os Estaleiros Armon,SA.
Referia na altura ser “este um processo prioritário para o Governo dos Açores”, não só “porque melhorará as condições de transportes de pessoas e bens entre estas ilhas”, mas também porque “vem adequar-se a um conjunto de investimentos que estão a ser feitos como são os casos da construção dos novos terminais de passageiros na Horta e na Madalena”.
O contrato entre a Atlânticoline SA e os Estaleiros Armon prevê a construção de dois navios de quarenta metros, um com capacidade para cerca de 333 passageiros e oito viaturas e outra para 287 passageiros e 12 viaturas, num investimento total de 18,6 milhões de euros. De acordo com o estabelecido, os navios serão entregues em Agosto e Novembro de 2013.
Nesta altura o processo encontra-se na fase-2, corte da chapa,  após a conclusão do processo de design e aprovações necessárias. Concluída a fase 2 da construção, avançará a fase seguinte, a montagem dos blocos fase-3, armamento fase-4, pintura pintura fase-5, lançamento à água fase-6, aprestamento fase-7, testes de mar fase-8, baptismo e entrega fase-9. Ou seja nesta altura o processo segue o seu percurso normal.
(©) Copyright imagem: Atlânticoline

Astilleros Armon,SA.
(©) Copyright fotos e fonte: Astilleros Armon, SA
Astilleros Armon, SA, Espanha, constituída como cooperativa Armon em Navia em 1963, tornou-se mais tarde Astilleros Armon, SA.
Astilleros Armon,SA, ( Navia, norte de Espanha) são a sede cooperativa de 6 empresas, com uma capacidade produtiva conjunta superior a 40 navios ano.
As 6 empresas com capacidades deferenciadas são:
Astilleros Armon, SA, Navia : Aqui centraliza-se as tarefas de direcção, administração e engenharia. Conta com uma área de 34000 m2 dos quais 5000m2 são área coberta.
Astillleros Armon, Burela, SA : Fundado em 1992 para satisfazer a procura de navios até 70 mts de comprimento, este estaleiro foi projectado com modernas infra-estruturas que o optimizam a produtividade do mesmo.
Astilleros Armon, Gijon : Adquiriu em Fevereiro de 2011 as instalações do Astillero SA Juliana, construtora que conta com mais de 100 anos de experiência. Possui uma área de 184.000 m2.
Astilleros Armon Vigo: Incorporados em 1998 dispõem de 12.000 m2 de instalações compactas podendo albergar navios até 120 mts de comprimento e 18 de boca.
Auxiliar Naval del Principado: Conta com 2500 m2 de instalações cobertas num total de 10800 m2 de área, está especializado na construção de embarcações rápidas em alumínio, que necessitam de avançadas técnicas de construção.
Conformado e Corte, SA: Procede ao corte e moldagem do aço, a sua capacidade produtiva permite-lhe fornecer a terceiros as peças que estes necessitem. Com uma área coberta de 7400 m2 dispõem de gruas de diferentes capacidades de elevação e um moderno sistema de corte.
Estes estaleiros já produziram mais de 750 navios, desde rebocadores, embarcações rápidas, lanchas de pilotos, navios de pesca, cargueiros, dragas, navio oceanográficos etc, destinados a clientes dispersos pelos 5 continentes.



9 comentários:

  1. Boas Manuel.
    É muito bom que se implemente esse tipo de serviço, mas considero esses ferries muito pequenos. não sei quantas viagens farão por dia, mas talvez se fossem um pouco maiores com mais capacidade fossem melhor rentabilizados.
    abraço
    Elvio

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  2. Boas Elvio, estes dois ferrys são destinasdos a operar no triângulo ou seja entre S. Jorge, Faial e Pico. O programa do Governo Regional na pag 190(+-) faz referencia à intenção de implementar um serviço ferry inter-ilhas, com navios de maior capacidade.
    Mas como imaginas, eu considero mais importante que os navios a politica, ainda agora li no teu blog a referencia sobre as mais valias de ter uma operação assente num modelo porta-contentor/ferry, sabes bem que é isso que sonho para os açores, mas por enquanto não é proíbido sonhar.
    Abraço,
    Manuel

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  3. Pois claro que sim. A existência de uma ligação regular ferry entre a ilhas, e entre as ilhas e o continente é fundamental para o seu desenvolvimento, espero que daqui a um ano ou dois esteja implementado nas tuas ilhas e entre os arquipélagos e o continente.
    Sonhar ainda não paga imposto, podemos sempre sonhar
    Abraço
    Elvio

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  4. Boas amigo Manuel,pois e importante novos ferris mas continua-mos sem aligaçao Calheta Angra e Angra Graciosa pois fazer ferris novos para darem 14 nos sao bons para andar entre a Madalena e a Horta. Abraço F. Henriques

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  5. Amigo Fernando, julgo que estes ferrys, só excepcionalmente virão à Graciosa, o seu habitat será o triângulo, contudo não sei se nesta fase houve alguma alteração em termos de velocidade.
    Na Calheta está prevista alguma rampa ro-ro?
    Abraço,
    Manuel

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  6. Boas amigo Manuel falaram na rampa mas foi antes das eleiçois,por isso nao acredito,continuamos com a gar sem ser utilizada cada vez mais julgo a ligaçao com Angra so se fala na altura da campanha.

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  7. A ligação a Angra deve estar incluida nos tais ferrys maiores, mas com ligação ás Velas digo eu.
    Abraço,
    Manuel

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  8. Caro MMB

    Como saberás a fusão entre a Atlânticoline e a Transmaçor está para breve (duas empresas do grupo Portos dos Açores), pergunto-te se o investimento neste tipo de embarcação se enquadrará na nova empresa e nos supostos ferrys ?

    Abraço

    ErrE

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  9. Amigo ErrE, sabes bem que por vezes gastamos algum tempo conversando sobre essa e outras questões, sabes bem que dou muito valor ao teu conhecimento na matéria, mas também sabes que sou defensor convicto de um serviço ferry anual incluindo carga rodada inter-ilhas. O problema, e tu sabes isso muitíssimo melhor que eu, são os lobbys e a política que os tenta proteger, daí que passado 14 anos de ferrys só agora surgem as rampas, e penso eu que em 2013 será com limitações, para proteger aqueles eu tantas vezes te digo.
    Eu vejo algumas potêncialidades nestes pequenos ferrys, teriamos que saber exactamente o que pretende o governo no futuro para poder responder à tua questão, mas acho que podem dar um interessante contributo ao tráfego no triângulo, embora acho que estás a pensar no intercambio com os ferrys maiores, isso não sei responder.
    Um Abraço,
    Manuel

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