Copyright foto original: Autor desconhecido: Montagem MM Bettencourt.
No seguimento da apresentação do novo Ferry (o primeiro de dois encomendados pela RAA) que ligará as ilhas do “triângulo”, o Presidente do Governo Regional anunciou a intenção de a Região adquirir ainda mais dois Ferrys , de maior dimensão, para garantir um serviço fiável de passageiros , veículos e mercadorias entre todas a ilhas e ao longo de todo o ano.
Depois da ultima “aventura “ de tentativa de aquisição de dois navios Ferrys , o “Atlântida” e o “Anticiclone” , ai ai …
Bom, passado é passado e o melhor mesmo é aprender com os erros e assim sendo vamos tentar elaborar alguns pressupostos para ajudar o Governo Regional a tomar uma decisão correta sobre o tema, para assim não repetir os mesmos erros da ultima “novela” chamada “Atlântida”.
Os Novos Ferrys não são cruzeiros , o seu objetivo principal é levar pessoas, veículos e mercadorias (carga rodada) o mais rapidamente possível ao seu destino logo a existência de camarotes não é desejável pois iria encarecer o navio e diminuir a sua lotação, o mesmo raciocínio em relação à decoração e acabamentos de luxo, tudo que é desnecessário só vai encarecer o serviço final.
A rapidez também é fundamental, os novos ferrys tem que assegurar uma velocidade superior a 20 nós (perto de 40Km/h) , só assim será viável e cómodo viajar entre as ilhas do Grupo Oriental e entre estas e o Grupo Central e Ocidental onde as distancias são bem maiores em relação ás ilhas do “triângulo”.
A possibilidade de os novos Ferrys levarem carga rodada (contentores em “trailers” com ou sem trator de reboque) tem que estar contemplada. Para viabilizar economicamente a existência de um serviço de ferry inter ilhas nos Açores, ao longo de todo o ano, só o é possível aproveitando todas as potencialidades de negocio ou seja alem dos passageiros e veículos o transporte de mercadorias é fundamental.
Há a acrescentar que a decisão de , finalmente , introduzir um serviço de Ferry ao longo de todo o ano na nossa “auto- estrada” marítima só peca por tardia .
Na realidade os Ferrys têm custos de combustível semelhantes aos porta-contentores, mas com muito menos custo na carga e descarga; menor exigência ao nível das estruturas portuárias e uma maior rapidez nas operações de carga e descarga em virtude da facilidade e versatilidade da utilização de camiões no manuseamento de contentores em trailers nas rampas RO-RO, sem necessidade de burocracia .
Falta ainda referir que este tipo de transporte poderá ser uma alternativa ao transporte aéreo de passageiros numa região demasiado dependente das condições atmosféricas para se viajar de uma ilha para outra.
© Artigo da autoria de, Gonçalo Almiro Matos Costa, S. Miguel. Publicado no jornal Correio dos Açores, e aqui publicado com a sua autorização, Obrigado!
Lembro que a "porta" deste blog está sempre aberta à colaboração dos visitantes, terei todo o gosto em partilhar as vossas ideias opiniões, através de artigos, sendo este um bom exemplo.
E para o grupo Ocidental a malta viaja de aviao ? :)
ResponderEliminarBoas Caro visitante, penso que o Gonçalo repetiu Grupo Oriental quando queria era dizer Ocidental.
ResponderEliminarVou falar com ele!
Cumprimentos
Manuel
O meu texto que saiu no CA tem uma gralha , o correto deveria ser "....e cómodo viajar entre as ilhas do Grupo Oriental e entre estas e o Grupo Central e Ocidental onde as distancias são bem maiores em relação ás ilhas do “triangulo”.... "..
ResponderEliminarPor cá toda a malta sabe nadar!!!
ResponderEliminarCumps.
(Ponta do capitão).
El Sr. Bettencourt habla con toda propiedad de este tema tan vital y que se le dá tardía solución. Estoy de acuerdo en todo lo que apunta. Sólo debo indicar, que tal vez uno de de los dos ferries, podria llevar algunos camarotes básicos para permitir desplazamientos nocturno (v.g. trayecto Horta PDL, unas 8h). Se puede llegar así a primera hora, descansado, con todo el día disponible. Esta solución sería también bienvenido por parte de los no amantes de los aviones.
ResponderEliminarSaluDos.
Quiero decir, realmente, que en parte la opinión expresada por el Sr Matos ,ya ha sido ya recogida con anterioridad en este blog. En mi opinión creo que los costes de los ferries, no son genéricos, sino que dependen de multitud de factores dependen de diversos factores (nº tripulantes, diseño, pintura, tipo de casco, planta motriz disponible, tipo combustible, etc.
ResponderEliminarSaluDos.
Caro Ponta do Capitão,
ResponderEliminarO autor do texto já explicou que se tratou de uma gralha! Aliás já corregi, nunca passou pela cabeça do Gonçalo deixar qualquer grupo ou ilha de fora, muito pelo contrário na minha humilde opinião um serviço ferry servirá para o contrário unir todas as nossas ilhas !
Cumprimentos,
Manuel
Amigo Saez,
O texto é do Gonçalo, estou de acordo no fundamental. Concordo que existe uma série de factores que devem ser avaliados antes de qualquer projecto alguns o amigo refere e bem!
Outra questão tem a ver com o modelo de transportes marítimos pretendido para o futuro, estes ferrys são serão úteis se devidamente enquadrados nesse modelo.
Importante quanto a mim será definir um modelo, depois então feitas as devidas análises avançar!
Um fuerte Saludos para Tenerife
Manuel
Como vão ser gastos dinheiros públicos, já tamos a ver que as vozes de Viana do Castelo vão querer saber onde vão ser construidos esses ferrys. Preparem-se!
ResponderEliminarBoas Manuel
ResponderEliminarAo ler o artigo do sr Almiro, não concordo com o seguinte. A velocidade de 40 nós, é um absurdo, não deve saber o que é andar a esta velocidade nos nossos mares. 26 nós a 100%, o que equivale a uma velocidade de 22 nós a 85%, quanto a mim é o ideal. Ao preço que anda o combustível, 40 nós é cá um consumo, A 40 nós, a maior parte das viagens, não seriam confortáveis e para quem viagem de navio tem que ter um conforto na viagem. Quanto a não haver camarotes, também discordo, pois há sempre passageiros que gostam de descansar em privado, pois muitas passam mal e não gostam de se expor. Nas viagens ao grupo ocidental, com saídas pela meia noite e com uma viagem que ronda as 7 horas, há sempre passageiros que procuram camarotes. Trabalhei num navio que chegou a ter à volta de 300 camarotes e nas viagens para as Flores, eram todos vendidos.
Gostava de perguntar ao sr. Almiro, se já fez alguma viagem de S. Miguel às Flores. Não deve saber o que é estar dentro de um navio à volta de 25 a 27 horas. Já fiz esta viagem umas 80 vezes, contando ida e volta e tinha o meu próprio camarote e tinha as comodidades possíveis que o navio me oferecia e acabava as viagens, bastante cansado.
José Pastor
Caro visitante, por respeito pelos trabalhadores dos ENVC, não tenho feito post sobre os navios e a situação dos estaleiros.
ResponderEliminarContudo, como diz o povo a procissão ainda vai no adro, ainda faltará bastante para a construção, penso eu!
Caro Amigo Pastor, o Gonçalo escreveu "superior a 20 nós" falando depois em 40 km, eu também penso que a velocidade deve ser acima de 20 nós.
Quanto ao que referes é a tua experiência a falar, nada tenho a acrescentar apenas ler e aprender!
Cumprimentos aos dois
Manuel