terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Estreia do NRP "Figueira da Foz", no porto da Graciosa













 © Copyright fotos: MM Bettencourt, Graciosa.
O NRP "Figueira da Foz", da Marinha Portuguesa, estreou-se hoje no porto da Graciosa, tendo dado entrada ás 8:30 horas e zarpou ás 14 horas. O navio cumpre a sua primeira missão de segurança e autoridade do Estado no mar dos Açores. Trata-se de um navio do tipo patrulha oceânico, de concepção e construção nacional. O NRP "Figueira da Foz", tem uma guarnição de 43 elementos (4 mulheres, incluindo o Imediato), com uma média de idades de 33 anos, comandada pelo Capitão-Tenente, Coelho Dias.
O Navio Patrulha Oceânico, "Figueira da Foz" foi construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e foi aumentado ao efetivo dos navios da Armada em 25 de novembro de 2013. Foi concebido como navio não combatente, e destina-se prioritariamente a exercer funções de autoridade do Estado e a realizar tarefas de interesse público nas áreas de jurisdição ou responsabilidade Nacional.
© Copyright texto e dados técnicos: Marinha Portuguesa.
CARACTERÍSTICAS
Deslocamento 1850t
Comprimento 83,1m
Boca Máxima 12,95m
Calado 3,82m
PROPULSÃO
​Velocidade Máxima 21nós​

ARMAMENTO
1 Peça de artilharia Marlin 30 mm
1 Sensor Eletro-ótico SAGEM/VIGY
2 Radares de navegação KH Manta2000
Lançamento à água: 01-Out-2005
Aumentado ao efetivo: 25-Nov-2013

FACTOS
Navio particularmente vocacionados para atuar na zona económica exclusiva nacional desenvolvendo as seguintes tarefas:
-Busca e salvamento Marítimo;
-Fiscalização da pesca;
-Controlo dos esquemas de separação de tráfego;
-Prevenção e combate à poluição marinha;
-Prevenção e combate a atividades ilegais como o narcotráfico, imigração ilegal, tráfico de armas e outros ilícitos, em colaboração com outras autoridades nacionais.

Para além das tarefas referidas, estes navios têm capacidade para cooperar em:
-Operações militares de baixa intensidade;
-Ações decorrentes da promulgação do estado de sítio ou emergência;
-Apoio humanitário na sequência de desastre natural;
-Patrulha das águas territoriais e áreas críticas visando a manutenção da liberdade de utilização das águas e portos nacionais;
-Efetuar lançamento de minas em campos defensivos;
-Efetuar o transporte de forças militares de pequena dimensão.
PATRONO
Embora a elevação a cidade remonte aos finais do século XIX, as origens de Figueira da Foz remontam à pré-história. A sua situação estratégica e privilegiada, as margens do rico estuário e extensas praias levaram ao longo da história à fixação de numerosas civilizações que se dedicaram essencialmente ao comércio e à pesca.

A população foi fundada no século XI pelos serviços da Sé de Coimbra, desde então foi crescendo de forma constante tendo feito parte do reino suevo e mais tarde, foi conquistada aos mouros aquando a conquista de Coimbra por Fernando Magno em 1064. No decorrer do século XVI a população é assolada pelos constantes ataques piratas, foi então quando se mandou construir o Forte de Santa Catarina para a defesa da zona.

A grande dinâmica e riqueza produzida pelo seu porto fazem com que no princípio do século XVIII se verifique um incremento demográfico significativo, elevando-se à categoria de vila no ano de 1771, no reinado de D. José.

No início do Séc. XIX, o desenvolvimento da construção naval, o aumento do tráfego no porto motivado pela transferência do tráfego mercantil de Aveiro, devido ao assoreamento do seu porto, o acréscimo de banhistas e veraneantes, levou ao rápido crescimento do número de moradores (a população quase duplicou). O progresso foi tal que a 20 de setembro de 1882 foi elevada à categoria de cidade, reinava D. Luís I.

Nota: No cumprimento de uma promessa, dedico este post à memória do meu Amigo EN,  e aos seus colegas dos ex-ENVC, que construíram o NRP "Viana do Castelo", e o NRP "Figueira da Foz".

2 comentários:

  1. Amigo Manuel parabéns pelas bonitas fotos,eu vi este navio na sua primeira visita ao porto das Velas ,aproveito para dizer a todos os visitantes do seu estimado blog que está passando aqui em frente á Calheta e talvez pela ultima vez o Expresso das Ilhas com rumo a Portimão pois já foi vendido Uma boa viagem.

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  2. Boas amigo Fernando Henriques,

    Antes de mais um bom ano e volte cá novamente que tal?

    Obrigado pela informação, fico com saudades dele pois prestou bom serviço aqui quando houve as obras do cais.
    Um grande abraço
    Manuel

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