sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Sugestão para um novo conceito de ferry para os Açores

Sou da opinião que os futuros ferrys, que serão construídos pela Atlânticoline, são de extraordinária importância para o desenvolvimento da economia insular. Por várias vezes neste blog tenho explicado a minha humilde opinião sobre o modelo de transportes marítimos que defendo. Pensando ser muito importante uma clara definição do modelo pretendido. Nesse modelo que pode ser lido aqui, tenho como referência a coexistência de forma cooperante entre o serviço de porta-contentores e os futuros ferrys. Além disso  em termos de tipo de navio defendo a opção por  ferrys convencionais!

Contudo algo que este blog tem-me ensinado, é que mesmo aprendendo cada dia um pouco mais, cada vez tenho mais a consciência que sei muito pouco sobre este mesmo sector! É nesse contexto que apresento um conceito defendido por um Amigo meu com muito mais conhecimento e saber nesta área. Trata-se pois de entender que os novos navios deviam possuir 3 valências, ou seja a capacidade para passageiros, e carga sendo esta carregada quer pelo método Ro-Ro, quer pelo Lo-Lo, adicionando por via desta última valência uma grua e capacidade para carregar contentores.

Partindo deste principio, seria segundo a visão do meu Amigo mais fácil rentabilizar o "negócio", com uma parceria com os armadores dos porta-contentores da linha dos Açores.
Uma procura na net permitiu encontrar um navio que opera no Canadá, com um conceito semelhante, possuindo capacidade para transportar carga contentorizada e passageiros, a este projecto existente fiz uma pequena montagem afim de melhor explicar o conceito defendido.

Obviamente que a minha apresentação é muito resumida de toda a ideia que idealiza o conceito. Agradecia os comentários dos Estimados Visitantes, afim de perceber qual a vossa opinião sobre este conceito.

 

13 comentários:

  1. Boas Manuel
    Esse é precisamente o ferry que eu considero ideal para ligações entre ilhas com tragefo reduzido, acumulando todo o tido de mercadorias e evitando escalas desnecessárias de outros navios.
    Veremos se pega
    abraço

    ResponderEliminar
  2. Boas Elvio, obrigado pela tua opinião, talvez tu e o meu amigo tenham razão, não direi que não, mas por enquanto prefiro um ferry convencional!

    Abraço
    Manuel

    ResponderEliminar
  3. Boas

    A ideia de adquirir um ou dois barcos deste tipo parece muito interessante especialmente na época baixa, desde que complementado com um ferry ro/ro, com velocidade de cruzeiro e de operação mais rápidas.

    Este último estaria mais vocacionado para passageiros e viaturas e a operar principalmente na época alta.

    Mas... o presente modelo obrigaria à introdução das "famosas" plataformas logísticas que tantos anticorpos tem nos Açores.

    Abraço

    ResponderEliminar
  4. Amigo João, obrigado pela tua participação sobre o caso das paltaformas apenas direi que "Antes a morte que tal sorte"!

    Abraço,
    Manuel

    ResponderEliminar
  5. Viva Manuel,
    Um post muito interessante, temos aqui um "Espírito Santo" em tamanho XXL. Na minha opinião parece-me uma solução com vantagens pois se estes navios existem é porque são necessários! Assim já não é necessário aguardar de 15 em 15 dias por um contentor ou carga de uma ilha para a outra com os custos e demoras que possam existir.

    E coragem POLITICA para resolver o que quer seja em prol dos AÇORIANOS em detrimento de outros interesses???

    ResponderEliminar
  6. Amigo MS, obrigado pela tua opinião.
    Lembra-te que num ferry convencional um contentor pode facilmente ser carregado no ferry numa trela, tornando o embarque desembarque mais rápido e sem implicar equipamento! Sendo um navio de passageiros com um determinado itinerário a cumprir não poderá (na minha opinião) ter escalas longas. Além do mais misturar movimentação de contentores recorrendo a equipamento portuário, viaturas e passageiros parece-me complicado. Estou a imaginar o empilhador a trabalhar com gente no caís.
    Posso até estar errado, mas ainda não estou convencido! Mas estou à espera de ser convencido!

    O meu amigo que defende este modelo bem podia comentar em anónimo, para explicar melhor!

    Abraço
    Manuel

    ResponderEliminar
  7. Obrigado pela partilha de ideias

    Não deixo de achar o modelo "hibrido" interessante mas pouco aplicável nos Açores. Não sou um entendido na matéria mas dá para perceber que um sistema desses implica:
    -Barcos mais caros;
    -Mais tempo de operação portuária prejudicando passageiros em trânsito;
    -Dificuldade logística em acomodar carga contentorizada e carga com rodas.
    Continuo a defender que um serviço de "contentores sobre rodas" e carga rodada seria o mais adequado.
    Espero que os novos ferrys a serem construídos em breve sejam de fruto de uma estratégia de transportes mais abrangente e flexível às necessidades de cada ilha.

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  8. Caro Diogo, eu é que agradeço a oportunidade de trocar ideias e aprender com os comentadores deste blog!
    Eu concordo contigo aliás se deres uma vista de olhos no link do texto leva-te a um post que explico a minha ideia!

    Da mesma forma que publiquei a sugestão deste meu amigo se algum visitante entender sugerir algo diferente a porta está sempre aberta para uma salutar troca de ideias!

    Abraço,
    Manuel

    ResponderEliminar
  9. Melhor não podia ser......excelente conceito....

    ResponderEliminar
  10. Caro Visitante, obrigado pelo comentário!

    Abraço,
    Manuel

    ResponderEliminar
  11. A menos que alguma coisa me estja a escapar,estou mais de acordo com o Manuel Bettencourt. Se o ferry convencional conseguir transportas toda a carga rodada (contentores incluídos), não vejo vantagem em instalar grua, pois esta irá encarecer o navio e torna a operação mais complicada e demorada.
    Mas é um caso a ser bem estudado, evidentemente!
    José Ribeiro Pinto

    ResponderEliminar
  12. Caro Amigo Eng. Ribeiro Pinto,

    Como diz deve ou devia ser estudada esta opção, terá obviamente vantagens, e desvantagens, em termos operacionais, preocupa-me a operação nos portos quando houver passageiros! Mas posso estar errado.

    Um Abraço,
    Manuel

    ResponderEliminar
  13. Pois é...a falta que o(s) navio(S) que foram encomendados a Viana, dos quais um foi construido e outro ficou ás peças no estaleiro (Atlantis e Anticiclone) estão a fazer. Teria sido preferível operar com eles, apesar de todos os condicionalismos do que terem tido o destino que tiveram. Mais uma vez foi o contribuinte o prejudicado e a economia do país. Na minha modesta opinião, poderão fazer todos os estudos e encomendar os navios que quiserem, desde que não imputem os custos ao contribuinte. Para esse peditório já demos e continuamos a dar com o escândalo que é o fretamento todos os anos de navios para a região, para uma cambada de mamões andar a embolsar com as comissões de fretamento que recebem...

    ResponderEliminar