sexta-feira, 31 de maio de 2013

Receber o "Ponta do Sol", e recordar o "Vitorino Nemésio"



Algum tempo atrás escrevia neste blog o seguinte, "O N/M "Vitorino Nemésio", foi o meu primeiro navio de contentores, já lá vão mais de 17 anos, era um bom navio, ou melhor dito, tinha uma excelente tripulação, lembro perfeitamente alguns nomes, alguns felizmente voltei a vê-los, outros infelizmente não, mas quem sabe um dia." (Ver AQUI).
Na escala  de ontem do navio, "Ponta do Sol", no porto da Graciosa, tive o prazer de voltar a rever o Comandante, José Domingues, antigo Comandante do meu, "Vitorino Nemésio",  agora ao Comando do "Ponta do Sol", por isso dedico este post a ele e a Todos aqueles que faziam do, "Vitorino Nemésio", um navio especial para mim.
(©) Copyright fotos: MM Bettencourt, Graciosa.





quinta-feira, 30 de maio de 2013

NRP "Jacinto Cândido", a corveta com Patrono terceirense




A corveta "Jacinto Cândido", está actualmente a cumprir a sua missão de segurança e autoridade do Estado no mar nos Açores, atracou ontem no porto da Graciosa, para uma curta visita, que terminou hoje pelas 6 horas. Esta corveta é o segundo da série de seis navios da classe "João Coutinho", foi construída nos estaleiros da BLOM & VOSS AG, em Hamburgo, na Alemanha, sob planos de concepção inteiramente nacionais, entrou ao serviço da Armada Portuguesa no dia 16 de Junho de 1970.
É sempre com prazer, que o porto da Graciosa, recebe uma visita de um navio da Marinha Portuguesa, mas esta corveta, em particular, está ligada pelo nome do seu Patrono ( ilustre terceirense) e história, directamente aos Açores, pois este navio encontrava-se em missão nos Açores em Janeiro de 1980, tendo prestado serviços de grande valia no apoio ás populações por ocasião do sismo de 01 de Janeiro de 1980, fruto disso, foi autorizada em 13 de Maio de 1981 a usar a medalha de ouro de serviços distintos.
Patrono
Conselheiro Jacinto Cândido da Silva

"Nasceu em Angra do Heroísmo, Açores, em 30 de Novembro de 1857.
Fez os seus estudos superiores em Coimbra, onde foi um aluno distinto, tendo-se formado em Direito.
Depois de ter praticado advocacia em Lisboa, regressou a Angra para ocupar um lugar de professor no liceu local.
Eleito, em 1886, deputado pelos Açores, vem para Lisboa a fim de tomar parte nos trabalhos parlamentares, tendo deste modo ingressado na vida política, onde se haveria de revelar como grande orador. Fundou o Partido Nacionalista, de que foi chefe, e foi conselheiro de Estado.
Na sequência da sua vida política foi nomeado ministro da Marinha e do Ultramar em 26-11-1895, pasta que orientou até 07-02-1897.
Como ministro da Marinha, tornou-se célebre mercê do seu plano para a renovação da Armada, principalmente ao fazer publicar verbas para a construção (quase simultânea) de quatro cruzadores - o "D. Carlos", em estaleiros ingleses; o "S. Gabriel" e o "S. Rafael"; em estaleiros franceses, e o "D. Amélia" no nosso Arsenal da Marinha. A construção deste último navio constituiu uma vitória para a indústria naval portuguesa do tempo.
Deste modo se formou a nossa 1ª (e única!) força de cruzadores, que além daqueles quatro navios reuniu ainda o remoçado e reconstruído "Vasco da Gama" e também o "Adamastor", este adquirido com o resultado da subscrição pública nacional, após o ultimato inglês de 1891.
Outros problemas da Armada, como a instrução do pessoal e a adaptação das infra-estruturas navais às exigências da sua "nova Marinha", merecem, igualmente, a Jacinto Cândido, cuidados especiais.
Pelo casamento, a sua vida ficou ligada a Penamacor, cujo povo não esqueceu, erigindo-lhe no Jardim Público um busto em bronze.
Faleceu em Lisboa, em 26 de Fevereiro de 1926."
(©) Copyright texto biográfico e foto: Marinha Portuguesa.
Fonte: Marinha Portuguesa.
(©) Copyright fotos: MM Bettencourt, Graciosa





quarta-feira, 29 de maio de 2013

"Rays of Hope" - 751 Squadron | Esquadra 751


O realizador austríaco Paul Wex passou uma semana com a Esquadra 751 onde teve a oportunidade de conviver com os seus militares e com as suas missões.
O resultado é esta produção de pouco mais de 7 minutos. "Rays of Hope".
Copyright, Vídeo e texto: Canal Youtube Esquadrão 751

segunda-feira, 27 de maio de 2013

BAM Relámpago em Tenerife.

 BAM Relámpago se cruza con Bentago Express.
 Preparándose  para arriar lanchas RHIB.
 
 De improviso na passada terça-feira, o BAM "Relâmpago" -fazendo honra a seu nome- apresenta-se em águas do porto de Santa Cruz de Tenerife, realizando um exercício de embarque desde o cais da Ribeira, de um destacamento de marines, com um total de 24 efectivos, que finalizaram manobras no sul de Tenerife. O translado até o navio se efectua por médio de lanchas semirrígidas (RHIB) com capacidade 2+8 c/u. Vemos o primeiro contingente de marines escalando o navio.
 BAM = Buque de Acción Marítima
 Da primeira série, entregadas até 2012, 4 ud.:
P-41     Meteoro
P-42     Rayo   
P-43     Relámpago
P-44     Tornado
P-42 e P-43 têm base em Las Palmas.
Está prevista uma segunda série de 4-8 ud
adiada por restrições orçamentas.

  Características de la clase
Desplazamiento     2500 t a plena carga
Eslora     93,9 metros
Manga     14,2 metros
Puntal     7,2 metros
Calado     4,2 metros

Potencia
• 2 × 4500 kW (diésel)
• 4 × 660 KW (generadores diésel)
• 2 × 750 kW (eléctrico)
• 500 kW (transversal a proa)
• 260 KW (generedor de emergencia)

Velocidad
• Máxima: 20,5 nudos
• Máxima sostenida: 19,0 nudos
• Patrulla: 10,0 nudos

Autonomía
• Máxima:8700 mn a 10 nudos
• 3500 mn a 15 nudos
+ 12 días a 6 nudos
+ 3500 mn a 12 nudos

Tripulación
  Dotación: 46
• 6 Oficiales
• 10 Suboficiales
• 30 Marineros

Tropas
• 2 Piloto/Copiloto Helicóptero
• 8 Fuerzas Especiales
• 10 Infantes de Marina

Armamento
1 cañón 76/62 OTTO-MELARA             Fontes: Armada, Colectivo Lontra & Funkoffizier.
2 ametralladoras MK 38 MOD 2A           (©) Copyrights, texto y fotos:  Antonio Sáez, Tenerife.
4 Lanzachaff SRBOC MK36 


Aeronaves
• 1 Helicóptero medio NH-90
• Opcional: AB 212/SH3D

2 Embarcaciones RHIB

coste: 148 millones de €/Unidad



domingo, 26 de maio de 2013

O Regresso do N/M "Furnas", e o "Prémio Lide Viver Mar 2013", atribuído à Mutualista



Na passada sexta-feira dia 24 de Maio, o porto da Graciosa registou o regresso do navio "Furnas", do armador Mutualista Açoreana,  depois de termos registado a sua estreia a 31 de Janeiro de 2012. O navio repôs  desta forma  a escala do habitual N/M "Ponta do Sol", que devido a avaria se viu obrigado a regressar a Lisboa na semana anterior .
O regresso do "Furnas", ao nosso porto fica marcado por uma altura em que o armador açoriano é galardoado pelo comité temático LIDE Economia do Mar, do LIDE Portugal – Grupo de Líderes Empresariais, com o "Prémio Lide Viver Mar 2013", que será entregue no próximo dia 28 de Maio em Vila Nova de Gaia.
Este prémio reconhece o mérito e a excelência de entidades ou pessoas com muita experiência de trabalho em meio aquático, tendo o comité temático LIDE Economia do Mar, do LIDE Portugal – Grupo de Líderes Empresariais referido, "A empresa Mutualista Açoreana, do Grupo Bensaude, os seus Comandantes e os seus Tripulantes, são um exemplo de excelência, de perseverança e de experiência de operação no mar".
O comité destaca ainda o facto de a Mutualista Açoreana, ser uma das mais antigas empresas da marinha mercante portuguesa, ainda em operação continua e com navios de pavilhão português, que tem nos seus Comandantes e Tripulantes os seus maiores activos!
Os meus Parabéns à Mutualista Açoreana, e a todos aos que com esforço e dedicação contribuíram para este prémio atribuído ao armador açoriano!
 Nome: Furnas
Data e hora da entrada: 24-05-2013 / 15:00
Nº IMO: 9164548
MMSI: 204708000
Ind. chamada: CSBK
Bandeira: Portuguesa
Porto de registo: Ponta Delgada
T.A.B.: 4450 tons
T.A.L.: 2141 tons
D.W.T.: 5555 tons
Operador: Mutualista Açoreana
Ano: 1998
Estaleiro construtor:Yichang Shipyard, China; casco nº YC96006
Lançamento à água: 05-06-1997
Comprimento: 100,58 mts
Boca: 18,80 mts
Calado: 6,65 mts
Capaciade Teus: 518
Gruas: 2 x Liebherr 40 tons
Máquina principal: MAN-B&W, 5384 hp
Agente: Bensaude Agentes de Navegação- Jimmy Cunha
Mome do comandante: Francisco Borralho
Piloto de serviço: Henrique Almeida
Ex-nomes: 1998 Hydra J; 2000 Mekong Star; 2002 Hydra J; 2007 Furnas.












sábado, 25 de maio de 2013

N/M "FRI SKIEN" na Praia da Vitória




(©) Copyright texto e fotos: Cmdt Rui Carvalho, Praia da Vitória.
Recolha de dados técnicos: Paulo Peixoto, Boston.
Depois de em 20 de Fevereiro ter escalado o porto da Praia da Vitória o N/M "FRI PORSGRUNN" (ver aqui), foi agora a vez de o seu gémeo "FRI SKIEN" atracar para carga de aproximadamente 3.000 toneladas de eucalipto em "malotes" com destino ao recebedor  SELBI, S.A. (Celulose Beira Industrial) no porto da Figueira da Foz. Para os menos atentos lembramos que também em 08 de Outubro de 2010 recebemos na Praia da Vitória outro dos gémeos aqui referidos, falamos do N/M "FRI BREVIK" (ver aqui), no entanto ainda esperamos poder por cá registar mais algum dos gémeos, para tal colabore a sorte e a fortuna.
Dados técnicos:
Nome: FRI SKIEN.
IMO: 9148192.
Indicativo de Chamada: ZDGD3.
Numero de MMSI: 236232000.
Bandeira: Gibraltar.
Porto de Registo: Gibraltar.
Ano de Construção: 2000.
Data de Entrada ao Activo: 08/01/2000.
Estaleiro: Scheepswerf Peters B.V.- Kampen, Holanda. Casco#455.
Construção de Casco: Ferro.
Comprimento Fora a Fora: 89,25 metros.
Comprimento entre Perpendiculares: 83,69 metros.
Boca: 13,30 metros.
Pontal: 7,15 metros.
Calado: 5,67 metros.
Arqueação Bruta: 2,780 toneladas.
Arqueação Liquida: 1,587 toneladas.
Porte Bruto: 3,740 toneladas.
Potencia de Maquinas: 2,447 hp (1,800 kw).
Velocidade de Serviço: 12,50 nos.
Potencia de Geradores Auxiliares: 548,00 kw.
Potencia de Thruster: 340,00 hp (250,00 kw).
Nomes Anteriores: Polar Sun (2000-2004) e Frisian Sun (2004-2010).



quinta-feira, 23 de maio de 2013

Fred Olsen, uma "Ponte" Canária que serve de inspiração






(©) Copyright fotos e vídeos: António Saez, Tenerife.
 Acompanhando este post, publico algumas imagens (actuais) do terminal da Fred Olsen em Santa Cruz de Tenerife, como siempre obtidas pelo Amigo e Co-editor, António Saez.  Os Açores, só teriam a ganhar com um serviço ferry efectuado nos moldes em que se realiza nas nossas ilhas irmãs, Madeira e Porto Santo, e em nuestras hermanas islas Canárias, isto apenas referindo os dois arquipélagos mais próximos!

Sempre que se fala de ferrys, existe sempre quem diga, que Madeira, Canárias, Baleares, ilhas Gregas, e tantas outras, não são iguais aos Açores! Que grande conclusão, nem as 9 ilhas açorianas o são!  Por cá alguns em vez de unir sonham em dividir o arquipélago! Mas a necessidade de mobilidade marítima é igual, a necessidade de estabelecer relações sócio-económicas inter-ilhas é igual, seja em maior ou menor dimensão, por isso é que se constroem navios de diferentes dimensões, capacidades e características, por isso é que existem frotas grandes e frotas pequenas, por isso é que se programam mais ou menos rotações de acordo com as necessidades. 


Em tempos de crise precisamos de coragem e convicção no delinear de uma estratégia que seja uma mais valia sócio-económica para os Açores, aquela imagem com uma "Ponte" ligando Tenerife à Gran Canária, de forma tão simples explica e exemplifica um verdadeiro serviço ferry. À poucos dias fazia uma pequena foto-montagem com uma estrada e um ferry, essa montagem foi inspirada num dos panfletos promocionais do inicio da Ferry Gomera, SA, onde se via um ferry com as duas portas abertas (Popa e ré), e uma estrada ligando La Gomera a Tenerife.


Em 1904, Thomas Olsen, filho do armador norueguês, Fred Olsen, chega pela primeira vez ás Canárias, interessado em conhecer o processo de produção e embarque da fruta, nos navios de seu tio Otto Thoresen. Thomas Olsen viria a ter um papel de extraordinária importância no desenvolvimento da ilha de La Gomera, a sociedade agrícola criada no vale de Benchijigua é um desses exemplos, tendo sido o primeiro a produzir intensivamente o tomate e a banana.

Don Tomás, como era conhecido, morre em 1969, o seu filho Fred Olsen, assume os negócios do pai, em 1973, Fred Olsen que na altura estava em La Gomera, recebe um desafio vindo de um grupo de responsaveís de La Gomera, este, consiste em criar uma linha entre La Gomera, e Los Cristianos. Após lhe ser efectuado o desafio Fred Olsen regressa à Noruega, e encarrega o seu departamento técnico de estudar a viabilidade de um ferry com menos de 900 tons de registo bruto.

Naquele mesmo ano na semana Santa, durante uma reunião com os responsáveis pelo desafio, Fred Olsen, surpreende todos com a aceitação do desafio e logo ali apresenta o projecto. Nascia assim a Ferry Gomera, SA. 
Em 1994, após reestruturação empresarial a Ferry Gomera dá lugar à Lineas Fred Olsen. Hoje  a Fred Olsen, Canárias, assegura várias ligações nas Canárias, tirando também partido de outros negócios associados, como hoteis, campos de golfe, etc. 





O interessante, útil e gratutito, serviço ferry-bus da Fred Olsen.