domingo, 29 de julho de 2012

Inaugurado o novo Terminal Marítimo de passageiros do porto da Horta




Cerimónia realizada ontem dia 28 de Julho
Uma obra que representa um ponto de viragem nas ligações marítimas desta ilha e nesta área geográfica de mercado do Triângulo”. Foi assim que o Presidente do Governo dos Açores classificou hoje a inauguração do novo terminal marítimo de cruzeiros da Horta.
O investimento, integrado no Plano de Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da cidade da Horta, e correspondente à sua primeira fase de execução, vem qualificar e consolidar a vocação daquela baía e cidade como “capital do Mar dos Açores”.
Com as novas infraestruturas destinadas ao acolhimento de viajantes e turistas, proporciona-se uma grande melhoria nas condições das operações de transporte marítimo de passageiros, que assume naquela área do arquipélago uma especial importância. Aperfeiçoam-se, assim, os fatores de segurança e de atratividade para as pessoas e para os operadores de transporte.
Esta obra de ampliação e reordenamento da área portuária da Horta implicou um investimento de cerca de 40 milhões de euros, constituindo um esforço financeiro muito significativo que terá reflexos muito positivos e duráveis para a economia portuária e para a economia da ilha em geral. Carlos César está convicto que “gerará uma vivência dinâmica nesta zona da cidade, valorizando-a simultaneamente graças ao apuro arquitetónico e à solução de arranjo urbanístico que incorpora”.
O novo terminal marítimo de cruzeiros da Horta, para além da modernidade e qualidade que representa, vai possibilitar a operação de mercadorias e viaturas por rampas roll-on roll-off e vem fortalecer a oferta de terminais para o turismo de cruzeiros na Região, sector turístico que se estima em franca expansão.
Os transportes marítimos no Triângulo tiveram uma evolução muito significativa nos últimos anos. Em 1996 eram 290 mil os passageiros transportados num ano, hoje são mais de 400 mil. Em 2014 o transporte entre as Ilhas do Triângulo contará com dois novos navios, com capacidade para transporte de viaturas, que irão complementar e substituir num futuro próximo a atual frota.
Igualmente significativa, segundo o Presidente do Governo, “foi a evolução do transporte marítimo de passageiros na Região, que havia sido interrompida pelos governos que me antecederam e que recuperámos em 1998. Logo no primeiro ano de operação tivemos mais de 60 mil passageiros, e agora já são cerca de 90 mil a viajarem, de Maio a Setembro, entre todas as nossas ilhas dos Açores incutindo animação e dinamismo nos mercados locais”.
No caso do turismo de cruzeiros, a evolução também tem sido muito positiva e associada às capacidades que o Governo Regional tem transmitido ao acolhimento especializado nos nossos portos, como é o caso do Faial com a construção deste novo cais. De um volume de atividade perfeitamente residual nos anos noventa, passaram a escalar anualmente os portos dos Açores uma centena de navios de cruzeiros, com cerca de 100 mil turistas a tomarem contato com as nossas ilhas e o arquipélago passou a ser reconhecido internacionalmente como um local qualificado de escala.
Para Carlos César, “quando se fala da importância do Mar para os Açores não nos circunscrevemos, pois, ao estímulo a atividades económicas tradicionais como a pesca, à preservação da sustentabilidade dos recursos marinhos, ao apoio à investigação e à ciência correlacionadas, ou à prospeção e exploração de recursos por exemplo provenientes do mar profundo. As capacidades dos nossos portos são também essenciais para o papel que podemos desempenhar e para as vantagens que podemos retirar dessas atividades emergentes ligadas ao Mar”.
A história mais recente dos Açores está marcada por um forte investimento do Governo nas infraestruturas portuárias, quer na sua ampliação e modernização quer na sua recuperação face a estragos ocasionados por situações de tempestades de mar.
A atividade dos transportes de mercadorias sofreu, ao longo da última década e meia, uma melhoria significativa da sua eficiência e regularidade, num contexto concorrencial que foi consolidado.
O Presidente do Governo considera que “urge prosseguir esse esforço, pois é crescentemente importante para a nossa economia empresarial a diminuição dos custos dos fretes, o que pode igualmente ser conseguido com melhorias como a do ordenamento e melhor organização dos espaços portuários, da contenção nas tarifas portuárias cobradas aos armadores ou de soluções para o escoamento mais rápido de produtos contentorizados para o exterior. Aliás, recentemente, procedeu-se à reorganização dos itinerários marítimos da cabotagem nos Açores, o que, sem prejudicar a capacidade de escoamento dos volumes de contentores movimentados na Região, irá permitir uma movimentação mais célere das mercadorias entre o grupo central e os mercados logísticos no continente português”.
Carlos César concluiu afirmando que “é importante não perder o sentido reformista que permite fazer mais e melhor e, no caso, agilizar um dos setores mais influentes no desempenho da economia regional. É importante continuar, servindo as pessoas e ajudando mais as empresas.
(©) Copyright foto (novo terminal): Miguel Nóia, Faial 
(©) Copyright fotos (inauguração) e texto: Gacs, GRA.
Vídeo: RTPAçores.

5 comentários:

Gustavo Pestana disse...

Tive lá ontem e gostei bastante. É uma excelente obra para a nossa cidade da Horta e Faial. Da minha parte está aprovado e dou os meus parabéns!

Manuel Bettencourt disse...

Boas Gustavo, obrigado pelo comentário e visita. Sobre o novo caís, não quero fazer grandes comentários, pois trabalho para a Portos do Açores, neste assunto vou ficar apenas a ler a opinião dos meus estimados visitantes!

Cumprimentos e volta sempre
Manuel

Rui Carvalho disse...

Caro MMB

Todo o discurso crepuscular de Carlos César foi muito divertido.
Aonde a demagogia fácil pode chegar.
No entanto é eficaz, temo dizer, e ele sabe-o muito bem pois toda a sua vida procurou o voto fácil.
Esta obra além de pouco eficaz, trará para a Portos dos Açores todos os meses uma pesada factura, e uma vez que quem tem de pagar não paga o desastre é previsível.
A Atlanticoline não paga desde 2010.
Os passageiros não pagam taxa portuária.
Como pensam que pode sobreviver essa casa ? De empréstimos como até agora ?
É muito triste o rumo que tudo isto toma !

Abraço

ErrE

Bruno Rodrigues disse...

É uma grande evolução para os transportes inter-ilhas. Mas um passo em falso no que ao turismo de cruzeiros diz respeito. Neste última aspecto não deveriam ter sido criadas tantas expectativas.

Cumprimentos,

Manuel Bettencourt disse...

Amigos guardem algumas linhas para o caís de cruzeiros de Angra ;)
Saludos,
Manolo