Sou da opinião que os futuros ferrys, que serão construídos pela
Atlânticoline, são de extraordinária importância para o desenvolvimento
da economia insular. Por várias vezes neste blog tenho explicado a minha
humilde opinião sobre o modelo de transportes marítimos que defendo.
Pensando ser muito importante uma clara definição do modelo pretendido.
Nesse modelo que pode ser lido aqui, tenho como referência a
coexistência de forma cooperante entre o serviço de porta-contentores e
os futuros ferrys. Além disso em termos de tipo de navio defendo a
opção por ferrys convencionais!
Contudo algo que este blog tem-me ensinado, é que
mesmo aprendendo cada dia um pouco mais, cada vez tenho mais a
consciência que sei muito pouco sobre este mesmo sector! É nesse
contexto que apresento um conceito defendido por um Amigo meu com muito
mais conhecimento e saber nesta área. Trata-se pois de entender que os
novos navios deviam possuir 3 valências, ou seja a capacidade para
passageiros, e carga sendo esta carregada quer pelo método Ro-Ro,
quer pelo Lo-Lo, adicionando por via desta última valência uma grua e
capacidade para carregar contentores.
Partindo deste principio, seria segundo a visão do
meu Amigo mais fácil rentabilizar o "negócio", com uma parceria com os
armadores dos porta-contentores da linha dos Açores.
Uma
procura na net permitiu encontrar um navio que opera no Canadá, com um conceito semelhante,
possuindo capacidade para transportar carga contentorizada e
passageiros, a este projecto existente fiz uma pequena montagem afim de
melhor explicar o conceito defendido.
Obviamente que a minha apresentação é muito resumida
de toda a ideia que idealiza o conceito. Agradecia os comentários dos
Estimados Visitantes, afim de perceber qual a vossa opinião sobre este
conceito.
13 comentários:
Boas Manuel
Esse é precisamente o ferry que eu considero ideal para ligações entre ilhas com tragefo reduzido, acumulando todo o tido de mercadorias e evitando escalas desnecessárias de outros navios.
Veremos se pega
abraço
Boas Elvio, obrigado pela tua opinião, talvez tu e o meu amigo tenham razão, não direi que não, mas por enquanto prefiro um ferry convencional!
Abraço
Manuel
Boas
A ideia de adquirir um ou dois barcos deste tipo parece muito interessante especialmente na época baixa, desde que complementado com um ferry ro/ro, com velocidade de cruzeiro e de operação mais rápidas.
Este último estaria mais vocacionado para passageiros e viaturas e a operar principalmente na época alta.
Mas... o presente modelo obrigaria à introdução das "famosas" plataformas logísticas que tantos anticorpos tem nos Açores.
Abraço
Amigo João, obrigado pela tua participação sobre o caso das paltaformas apenas direi que "Antes a morte que tal sorte"!
Abraço,
Manuel
Viva Manuel,
Um post muito interessante, temos aqui um "Espírito Santo" em tamanho XXL. Na minha opinião parece-me uma solução com vantagens pois se estes navios existem é porque são necessários! Assim já não é necessário aguardar de 15 em 15 dias por um contentor ou carga de uma ilha para a outra com os custos e demoras que possam existir.
E coragem POLITICA para resolver o que quer seja em prol dos AÇORIANOS em detrimento de outros interesses???
Amigo MS, obrigado pela tua opinião.
Lembra-te que num ferry convencional um contentor pode facilmente ser carregado no ferry numa trela, tornando o embarque desembarque mais rápido e sem implicar equipamento! Sendo um navio de passageiros com um determinado itinerário a cumprir não poderá (na minha opinião) ter escalas longas. Além do mais misturar movimentação de contentores recorrendo a equipamento portuário, viaturas e passageiros parece-me complicado. Estou a imaginar o empilhador a trabalhar com gente no caís.
Posso até estar errado, mas ainda não estou convencido! Mas estou à espera de ser convencido!
O meu amigo que defende este modelo bem podia comentar em anónimo, para explicar melhor!
Abraço
Manuel
Obrigado pela partilha de ideias
Não deixo de achar o modelo "hibrido" interessante mas pouco aplicável nos Açores. Não sou um entendido na matéria mas dá para perceber que um sistema desses implica:
-Barcos mais caros;
-Mais tempo de operação portuária prejudicando passageiros em trânsito;
-Dificuldade logística em acomodar carga contentorizada e carga com rodas.
Continuo a defender que um serviço de "contentores sobre rodas" e carga rodada seria o mais adequado.
Espero que os novos ferrys a serem construídos em breve sejam de fruto de uma estratégia de transportes mais abrangente e flexível às necessidades de cada ilha.
Cumprimentos
Caro Diogo, eu é que agradeço a oportunidade de trocar ideias e aprender com os comentadores deste blog!
Eu concordo contigo aliás se deres uma vista de olhos no link do texto leva-te a um post que explico a minha ideia!
Da mesma forma que publiquei a sugestão deste meu amigo se algum visitante entender sugerir algo diferente a porta está sempre aberta para uma salutar troca de ideias!
Abraço,
Manuel
Melhor não podia ser......excelente conceito....
Caro Visitante, obrigado pelo comentário!
Abraço,
Manuel
A menos que alguma coisa me estja a escapar,estou mais de acordo com o Manuel Bettencourt. Se o ferry convencional conseguir transportas toda a carga rodada (contentores incluídos), não vejo vantagem em instalar grua, pois esta irá encarecer o navio e torna a operação mais complicada e demorada.
Mas é um caso a ser bem estudado, evidentemente!
José Ribeiro Pinto
Caro Amigo Eng. Ribeiro Pinto,
Como diz deve ou devia ser estudada esta opção, terá obviamente vantagens, e desvantagens, em termos operacionais, preocupa-me a operação nos portos quando houver passageiros! Mas posso estar errado.
Um Abraço,
Manuel
Pois é...a falta que o(s) navio(S) que foram encomendados a Viana, dos quais um foi construido e outro ficou ás peças no estaleiro (Atlantis e Anticiclone) estão a fazer. Teria sido preferível operar com eles, apesar de todos os condicionalismos do que terem tido o destino que tiveram. Mais uma vez foi o contribuinte o prejudicado e a economia do país. Na minha modesta opinião, poderão fazer todos os estudos e encomendar os navios que quiserem, desde que não imputem os custos ao contribuinte. Para esse peditório já demos e continuamos a dar com o escândalo que é o fretamento todos os anos de navios para a região, para uma cambada de mamões andar a embolsar com as comissões de fretamento que recebem...
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