Porto do Porto Santo, com o ferry "Lobo Marinho" e o porta-contentores "Funchalense 5" atracados.
A polivalência do "Lobo Marinho" permite em caso de necessidade o transporte de contentores.
Este post vem no seguimento de um anterior denominado "Os ferrys são peça fundamental para a criação de um mercado interno", neste pretendo explicar a minha opinião sobre a forma de potenciar os ferrys na nossa região, criando um sistema diferente, preparado para assumir-se como polivalente, eficiente, moderno, rápido, arma no combate à desertificação, pedra base de um mercado interno, ou seja, um activador sócio-económico da região como um todo.
Antes de avançar no post, vou dar uns pequenos exemplos da situação actual: Partindo do principio que pretendo enviar produtos da minha ilha ( sejam quais forem), para o grupo Oriental, isso só poderá acontecer quinzenalmente, ou seja com a mesma frequência com que o faço com Lisboa e Leixões, sendo que por exemplo um contentor que tenha como destino Santa Maria, sairá da Graciosa numa 4ª-feira de uma semana ímpar, e chegará apenas na 4ª-feira da semana seguinte. Resumindo leva mais tempo a viagem até Santa Maria do que até Lisboa. Esta situação aplica-se inversamente. Alguns poderão dizer que existe outras soluções, eu digo desde já que, retrocessos não obrigado!
Deixando o grupo oriental e "navegando até o grupo Ocidental, a mesma situação acontece, ou seja, apenas ligações quinzenais e também uma semana de "viagem" até ás Flores.
No Grupo Central, poderá ser mais fácil, mas também não se consegue colocar produtos(hortícolas por ex.) nas ilhas do triângulo no mesmo dia, isto mesmo quando há ferry e este sai da Graciosa e duas horas depois está em S. Jorge ( os ferrys estão proibidos de transportar carga). Actualmente essa carga terá que ir até à Terceira (tráfego local) e seguir no dia seguinte para S. Jorge, em relação ás outras ilhas registamos situações semelhantes.
Vontade de criar o tal mercado interno, parece haver(será?), mas facilmente se percebe que algo terá que mudar nos transportes marítimos, para que essa vontade seja implantada. Em pleno século XXI, Santa Maria ou Flores, não podem estar a 15 dias de distância. È verdade que as rampas ro-ro em construção poderão ser um dos pilares desse mercado interno, mas muito mais terá que ser feito. Nesta altura e em especial este ano, devíamos ter o direito de saber que projecto marítimo defendem os nossos políticos.
Depois destas reflexões, o sistema que gostava de ver aplicado nos Açores, é um sistema porta-contentores/ ferry, tendo por base o existente na Madeira-Porto Santo. O serviço ferry nos Açores passaria a anual, percorrendo todas as ilhas de oriente a ocidente e vice-versa, de forma a que se possa deslocar carga e pessoas nos dois sentidos todas as semanas, isto permitiria colocar os produtos rápidamente em qualquer ilha sem perda de qualidade e devidamente protegidos, obviamente haveria necessidade de avaliar certas questões, tais como a frequência, as necessidades de carga etc, sendo este essencialmente um serviço de carga inter-ilhas.
Associado a este serviço manteria o actual sistema de carga contentorizada, mas gostaria de ver aqui a participação dos armadores no encontrar de uma solução que fosse positiva para todos, lembro que na Madeira, a Porto Santo Line (operador ferry) e a E.N.M.( contentores), pertencem ao Grupo Sousa. Transpondo esta realidade para os Açores, o Grupo Bensaude teria por exemplo esta capacidade, uma vez que aliado aos ferrys teria meios logísticos para potenciar o serviço e dinamiza-lo, tais como Transitários, Hotéis, etc.
Este sistema permitiria a que por exemplo as Flores recebe-se numa semana o ferry e na seguinte o porta-contentores, enquanto que ficava assegurada uma verdadeira ponte entre ilhas.
Lembro que isto é apenas um mero exercício retórico, esta sugestão tem algumas questões por resolver, mas de possível solução, deve ser encarado também como um princípio em constante actualização, serve de desafio também a quem devia apresentar algo de novo... ou o novo é o velho?
(©) Copyrights fotos : Elvio Leão, Porto Santo; Blog "O Mar do Porto Santo"
Mapa arquipélago, imagem original: RIAC
20 comentários:
Boa noite sr.Manuel concordo em absoluto com a seu artigo sobre os transportes e os ferris inter Ilhas ,e de lamentar que depois de se conhecer o ferri Lobo Marinho nao tenha servido para encomendar outro igual para os Açores e terem esquecido os luxos para o Atlantida que depois deu no que deu. E quanto a novos ferris nada se sabe e continuamos aqui na Calheta com uma GAR e sem ligaçois com Angra tudo isto e uma vergonha.
Amigo Fernando Henriques, obrigado pelo comentário, aliás convido os visitantes a comentarem mesmo que discordem, a vossa opinião é Bem Vinda.
Esta solução poderá não ser perfeita, tenho essa consciência, afinal trata-se de um exercício, mas nós, simples cidadãos desta região devemos discutir o nosso futuro.
Um novo sistema deve de ter em conta o facto de apróximar as nossas ilhas, facilitar as trocas comerciais e a convivencia social, o aparecimento dos ferrys foi uma lufada de ar fresco na região, mas passados mais de 10 anos acho que chegou a altura de uma nova fase rumo ao futuro,.
Sei que será dificil, não é assim tão fácil mudar de um dia para o outro, mas é preciso coragem de fazer algo.
Como digo no post, como é possivel que esteja mais "longe" das Flores do que de Lisboa? para criarmos um mercado interno temos encurtar as distâncias.
Um Abraço,
Manuel
Caro MMB
Li com atenção a tua proposta simplificada, a qual aprecio.
De uma coisa temos todos a certeza, nos próximos tempos é inevitável adoptar um novo modelo para o transporte de cargas para e a partir dos Açores, além da carga inter-ilhas.
Este modelo que nos tem servido durante estes anos encontra-se debaixo de grande pressão, pelo seu proteccionismo devido à necessidade de garantir o serviço público para as ilhas chamadas de coesão, ao custo sempre crescente do combustível e de renovação das frotas.
Há natural resistência à mudança, do incerto, soma-se uma triste ausência de estratégia para o sector marítimo-portuário açoriano.
Pelo menos que se saiba.
No continente sempre vão publicando uns livros brancos, verdes e azuis sobre a matéria.
Aceito o repto para desenvolver esta ideia com pequenitos contributos, até onde possa alcançar humilmente a nossa insignificância.
Abraço
ErrE
Amigo Rui, tu sabes bem a minha opinião e porque escrevi este post.Já falamos muito sobre isto, sei que tens uma visão própria e mais avalizada do que a minha, espero ter o prazer de a ver aqui exposta.
Óbviamente que isto está demasiado resumido, e para ser mais concreto teriamos que ter acesso a vários dados, como disse é um exercício.
Abraço,
Manuel
Thank you for sharing this great information with us.
Gostei do artigo, mas na minha opinião este modelo seria uma solução transitória...porque não usar a "lógica " ferry para a totalidade das mercadorias? Incluindo as mercadorias em contentores ou não, que vem e vão para o continente ...
Parte #1
Manuel, estamos a começar a entrar naquele tipo de posts que devem incomodar "algumas pessoas". E é bom que assim seja. Era suposto o tal "proteccionismo devido à necessidade de garantir o serviço público para as ilhas chamadas de coesão" de que fala o Rui Carvalho ali atrás garantir realmente essa coesão, mas como sabemos e os últimos censos 2011 não nos deixam mentir, o que tem havido é uma migração das tais "ilhas de coesão" principalmente para São Miguel ou para o exterior da região. Preocupante... e dá que pensar pois no caso que referiu do Porto Santo tem acontecido o contrário ou seja a população do Porto Santo aumentou e bem em termos relativos! A coesão começa nos transportes. Na facilidade de acesso a certas coisas. Eu antes de "emigrar" de uma ilha para outra vou pesar uma data de factores na balança. Se eu tiver um bom sistema de transportes maritimos que me permita por exemplo meter-me com o carro e familia num ferry, ir a outra ilha e voltar com o carro carregado de produtos que me compensam muito mais comprar numa ilha maior que tem outra dimensão de mercado, concorrência, maior variedade e preços mais baixos, já começo a pagar a viagem com o "lucro que tive" ao fazer compras na tal ilha maior! Num ferry não tenho limite de peso de bagagem! Não começo a pagar taxas extra por isso! Se eu tiver um pequeno furgão, um ligeiro comercial ou até um ligeiro de mercadorias é claro que vou pagar um pouco mais por leva-lo no ferry do que pagaria por um carro normal mas nem queira saber a quantidade de coisas que muita gente consegue entafulhar dentro desses veículos de volta ao Porto Santo: Frigorificos, televisões, Máquinas de lavar, móveis ou o que seja! Dir-me-á: "Mas o que vai ser do comércio local das ilhas mais pequenas depois e tal?" Adaptem-se! No Porto Santo também tiveram de o fazer! Que se faça o balanço dos empregos que se iam criar ao desenvolver mais as ilhas principalmente no turismo e trocas comerciais, e veja-se se o saldo no fim entre empregos perdidos por gente que vivia à custa do isolamento dos outros, e empregos criados com gente que viverá de um verdadeiro mercado interno que beneficia o turismo (inclusive o turismo interno) e cria sinergias e começem a pensar o que realmente querem. E quando digo "querem" falo na maioria da população em cada ilha e quem está em cargos de decisão deve tomar isso em conta pois que eu saiba ainda vivemos numa democracia. A maioria não pode ser sacrificada "ad eternum" por uma minoria. (continua)
Parte #2
O Manuel referiu o caso do grupo Bensaude que por acaso tem algumas semelhanças com o Grupo Sousa (até na questão dos hóteis pois o Grupo Sousa tem hóteis no Porto Santo) e realmente seria de esperar que o dito grupo Bensaude por ser açoreano quiçá já devesse por esta altura ter considerado a questão "ferry" mais seriamente. Com os anos de experiência que tem nos Açores e os meios logisticos à disposição esperava-se que pudesse partir daí uma iniciativa e não andar-se sempre à espera do governo assumir tudo. Esperava-se também que fossem os privados açorianos a ter essa iniciativa e não foi isso que aconteceu há anos atrás com a Açorline que tinha o Grupo Sousa por trás.
A implantação de um serviço misto de porta contentores/ferry o ano inteiro nos Açores como sugere o Manuel, teria como disse e bem de obedecer a um estudo prévio em relação às frequências, necessidades de carga etc e acredito que nos Açores esse estudo seria algo mais complexo e demorado de fazer do que no caso da Madeira mas também concerteza quem já opera há tantos anos nos Açores tem acesso a dados e informação estatistica e não só que lhes permite já ter uma ideia de quantos navios precisaria, qual o tamanho dos mesmos e que rotas fariam. Com o desenvolvimento das trocas comerciais e do movimento de passageiros entre as ilhas o própio modelo teria de ser constantemente actualizado e quiçá reforçado com algum ferry adicional fretado em alturas de pico de movimento que as vai haver sempre. Isto porque a sazonalidade nos Açores existe tal como existe no serviço entra a Madeira e Porto Santo mas como entre as ilhas açoreanas a distância é maior, uma rotação completa ou mesmo parcial demora mais tempo e porque quero acreditar que a melhor solução para os Açores é o ferry convencional "mais lento" mas mais económico e adaptável a todas as condições de mar, existirá um limite a partir do qual não se conseguirá aumentar mais o nº de frequencias utilizando apenas a frota própia de 1 ferry ou até 2. É nessas alturas que penso que poderá haver necessidade de um fretamento.
Manuel, todo este comentário foi muito generalista mas quando nos debruçarmos sobre dados concretos, sejam eles fornecidos pela estatistica portuária (Portos dos Açores), pelos armadores, transitários ou outras fontes, será interessante discutir-se aqui os navios a utilizar, nº de frequências, rotas etc. No caso dos Açores, tal como nas Canárias, Cabo Verde ou outros arquipélagos com um nº considerável de ilhas habitadas imagino que será uma tarefa hercúlea mas antes todos os problemas fossem esse.
Cumprimentos.
Amigos, Obrigado pela vossa participação nesta conversa sobre os nossos transportes.
Anónimo, thanks for your coment
Regards
Manuel
Amigo Gonçalo, sei que é um grande defensor do serviço ferry, mas não te esqueças que nos ferry não pode circular cargas IMO, logo temos que ter outras soluções. Por exemplo teriamos que ter solução para o gás, aqui e ainda or outras razões gostava deste sistema, mas como disse isto é um exercício.
Amigo Victor, em total acordo, destacando a sua visão sobre a desertificação. Como alguma localidade no continente poderia aumentar a sua população se esta estivesse "isolada"? seria dificil certamente.
A epoca de Verão serve-nos de exemplo, pois a população aumenta e tudo ganha outra vida.
Como se combate a desertificação sem bons transportes, me expliquem que gostava de saber. E mesmo que conseguissem aumentar a população teria que haver aumento da economia.
Enfim, como bem diz está em causa um série de questões, que não podem ser reduzidas em um pequeno post. Uma delas que bem refere tem mesmo a ver com a capacidade de carga dos ferrys e sua rotação, sem esquecer a epoca sanzonal.
Aquela linha do serviço ferry é baseada na rotação do antigo Ponta Delgada, mas bem sei que teriamos um problema de gestão de garagem do ferry.
Também importante a questão da dimensão dos ferrys ou ferry e a sua operacionalidade.
Como bem disse e foi por isso que ali coloquei o Grupo Bensaude, estes tem muitas questões semelhante com os Sousas e também a Fred Olsen que oferece pacotes de viagem com hotel incluído. Mas esta malta se quise-se o serviço já o tinha, os politicos dado o seu peso já teriam aceite, digo eu.
O que gostava mesmo era de perceber o que os meus politicos pensam sobre este tema, embora tenha medo porque para proteger alguns podem arranjar uma solução boa para poucos e má para todos nós.
Um Abraço
Manuel
Boas Manuel
Já por várias vezes comentei a minha opinião,e continuo a achar que a solução é a que descrita no tópico, por isso nada mais acrescento ao que foi dito.
Abraço
Elvio
Amigo Elvio, obrigado pela tua colaboração com as fotos, sabes bem que aprecio muito a primeira, aquela foto diz tudo.
Um Abraço,
Manuel
Gostava de destacar a elevada qualidade do Blog Porto da Graciosa. Os meu parabéns, uma leitura obrigatória para quem quer saber um pouco mais de transportes marítimos nos Açores.
Caro Andre, Obrigado pela visita e pela simpatia do comentário, o que torna interessante os posts são os comentários dos visitantes, por isso convido-te a particiares quando achares conveniente.
Abraço,
Manuel
Em jeito de comentário deixo aqui um artigo que publiquei na Rádio Graciosa e Diário Insular:
Graciosa - virar ao futuro II
Já todos sabemos que o desenvolvimento da ilha Graciosa não será possível sem uma rede de transportes aéreos e marítimos que sejam impulsionadores da mobilidade e das acessibilidades.
Também é facilmente aceite que a consolidação dos Açores como região económica, assente na concretização de um verdadeiro mercado interno, depende das políticas de transportes e na percepção de que este é um desafio no qual não podemos ceder para tornar ilhas como a Graciosa, não só um atractivo para investimentos, mas sobretudo potenciar a produção de bens que criem emprego e riqueza.
Nos transportes marítimos a relação comercial da ilha Graciosa com as ilhas do grupo central é essencial para alargar os seus horizontes de mercado. O modelo de transportes marítimos terá de se modernizar em termos do modelo de cargas, e sou tentado a concordar que a aposta em porta contentores/ferrys, a navegar o ano inteiro, e fazendo a ligação de oriente a ocidente dos Açores é aquela que melhor responde às exigências de mobilidade no transporte marítimo nos Açores, como é referido no blogue "O Porto da Graciosa" do Graciosense Manuel Bettencourt.
Mas se nos transportes marítimos as mudanças exigem o empenho do futuro Governo dos Açores, nos transportes aéreos essa questão também exige um trabalho sério na sua resolução.
O preço das passagens aéreas é uma questão que não deixa ninguém indiferente. Pagar € 199,50 por uma viagem entre a Graciosa e o Pico, como recentemente referiu um Graciosense, é algo que não pode continuar. De igual modo, os preços entre os Açores e o exterior são um verdadeiro escândalo. Ainda recentemente, um Graciosense imigrado nos Estados Unidos pagou, em época baixa, mais de 800 dólares para chegar à Graciosa, e nem vou mencionar a questão do peso da bagagem porque esta terá, certamente, o tratamento que se exige no respeito pelos nossos imigrantes.
Nesta questão do preço das passagens aéreas, o PSD pela iniciativa e empenho da Dr.ª Berta Cabral já propôs ao Presidente da Comissão Europeia a criação de um programa POSEI para os transportes, tendo em perspectiva baixar o preço das passagens aéreas. A proposta foi bem acolhida por Durão Barroso e, mais recentemente, a líder do PSD anunciou a apresentação de alterações ao relatório sobre a política de coesão das Regiões Ultra Periféricas, para que se inclua a criação desse programa POSEI para os transportes.
Só assim, com trabalho e apresentando soluções, se podem mudar os Açores para melhor.
Outros dirão que também o vão fazer, mas depois de 16 anos a Governar a pergunta que se impõe é: Por que é que ainda não o fizeram?
Analisem o modelo de navios usados pela Grimaldi... Até transportam carga IMO.
http://www.shipspotting.com/gallery/photo.php?lid=1379521
Caro Dr. João Costa, Obrigado pela visita e pelo comentário, fico contente de o ver por cá a comentar.
Estou convencido que sem transportes dignos de um sec XXI não haverá mercado interno nem podemos pensar em combater a desertificação que infelizmente assola a nossa e outras ilhas.
È preciso compreender e ter coragem de colocar os interesses do Povo dos Açores acima de interesses de alguns.
Esta é uma epoca decisiva para os Açores, é preciso descutir o futuro, sempre com uma visão positiva e moderna.
Um Abraço,
Manuel
Caro Visitante, obrigado pelo seu comentário, é uma sugestão bem vinda, como disse antes podemos e devemos falar sobre estas questões, ninguem é dona da razão e aprendemos sempre.
Contudo este é o sistema que mais gosto embora terá certamente algumas questões a ponderá.
Um Abraço,
Manuel
Muitos Parabéns Manuel Maria! Muitos Parabéns pela tua opinião e pela tua atitude! A Graciosa precisa de mais pessoas como tu em todos segmentos da nossa economia, cultura, desporto, educação, etc. Tens a coragem de expôr a tua opinião de uma forma simples e clara e na minha opinião muito correcta. Continua. Considero este "trabalho" em muito, indespensável para o desenvolvimento e modernização do sistema de transporte marítimo de pessoas e bens. Obrigado.
Meu amigo António Reis, bem-vindo, gosto de ver um graciosense por cá, em especial um jovem que se preocupa com o futuro da sua ilha.
Precisamos de evolução, nas nossas ilhas, se continuarmos a insitir em determinados modelos, vamos pagar caro no futuro, aliás a desertifiação é um desses problemas, precisamos de soluções e gente com coragem.
Um grande abraço,
Manuel
Boas,
Sou um visitante ocasional, mas curioso e interessado nas várias crónicas que por aqui passam. E como tal gosto de ir reflectindo com os meus botões sobre elas, algumas estou de acordo, outra nem por isso, mas todas têm valor e por isso também gostava de partilhar a minha.
Correndo o risco de fugir um pouco do assunto, e tendo como referência a possível construção de 2 ferry's (no exterior) por 80 Milhões de euros, porque não investir esse montante (ou talvez um pouco mais, que pelo menos, ficaria algum nos açores), num estaleiro regional?
Nesse estaleiro, em vez de construir 2 ferry's tipo Santorini, porque não construir vários de acordo com as dimensões e características de cada ilha bem como volume e características de carga e passageiros?
O meu raciocínio é no sentido de ter várias embarcações de vários tipos para várias situações e ao mesmo tempo polivalentes, com uma ligação de maior proximidade e por conseguinte mais eficaz.
Podiam ser construídos 3 ou 4 embarcações tipo Espírito Santo, com rampa ro-ro. Um entre Flores e Corvo saltando ao Faial, um para o triângulo do Pico e outro para o Triângulo da graciosa, etc.
A própria história pode demonstrar o que por cá foi construído de acordo com as necessidades de cada época, mesmo zonas sem porto eram escaladas e as embarcações eram eficazes. Como tal podia-se construir 1 "Lancha de Desembarque" que permitissem o acesso a fajãs ou zonas de mais difícil acesso por terra que permitissem quer o escoamento dos seus produtos quer o fornecimento de bens e transporte de passageiros.
Estas reflexões podem parecer devaneios, mas tal como referi, já foi praticado na história dos Açores
A minha reflexão vai no sentido de ter mais barcos, criando assim mais ligações, com maior rapidez e eficácia. Adaptados a maioria das circunstâncias locais. Mais vale uma embarcação pequena cumprir um serviço útil, eficaz de forma económica, criando postos de trabalho e movimentando pessoas e bens, do que ter um "monstro de navio" que só têm utilidade na época alta, e ainda assim... por vezes gasta mais do que transporta.
Peço desculpa a apresentação algo confusa, espero que tenha servido para o tema e para prolongamento de debate.
Cpts
GR
Boas Caro GR,
Obrigado pela sua participação, gostei de ler a sua visão, e entendo o seu ponto de vista.
Muita vez já pensei que também podia ser um opção ligações com mais navios mas mais pequenos como refere e em rotas mais curtas.
Daqui por uns dias faço um post sobre este tema e juntamente com outras ideias juntarei a sua.
Cumprimentos e volte sempre
Manuel
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