quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ligação Graciosa-Lisboa em 60 horas

Após ver este vídeo fiquei deveras confuso, pois na última escala efectuada no domingo,   o navio largou do porto da Graciosa directamente para o porto de Lisboa, o que origina uma viagem mais curta. Se existem produtos com destino a Lisboa esta era uma viagem perfeita. O navio largou do porto da Graciosa ás 14:00 do dia 27 Domingo e chegou ao porto de Lisboa ás 02:27 de quarta-feira dia 30, ou seja contabilizou 60 horas e 27 minutos.   Normalmente a escala é efectuada à  quarta-feira e o navio chega a Lisboa na segunda-feira. 
Como todos sabem, a frequência do porta-contentores é quinzenal, tendo a viagem do navio que serve a Graciosa sempre inicio e fim em Lisboa, pode até haver alteração de rotação, mas nunca será o porto de Lisboa, a ficar de fora da rotação.
Lembro mesmo que durante os períodos das greves-portuárias, o navio ficou fundeado na Folga esperando oportunidade para operar no porto da Graciosa, nesse dia também alterou a rotação programada para outros portos para operar na Graciosa.
Preocupa-me que falando de transportes não se olhe e fale numa  obra que pode e deve ser parte da solução dos problemas dos transportes marítimos inter-ilhas, estou obviamente a falar da rampa ro-ro. Mais me vai na alma, mas mais não digo...
(©) Copyright fotos: MM Bettencourt, Graciosa.
Captura: Site do Porto de Lisboa.
Vídeo: Graciosa-Online.

6 comentários:

Anónimo disse...

Ontem fiquei intrigado ao ouvir as palavras do Sr. Presidente do concelho de ilha em relação á exportação de vinho que iria levar mais de um mês a chegar ao continente, então o navio não foi directo a Lisboa?? vai-se lá saber que raio de escalas querem!

Manuel Bettencourt disse...

Caro Visitante, quem sabe se Lisboa mudou de lugar e deve ser agora lá para os lados da China!
Abraço,
Manuel

silva disse...

Exportar o quê?
Claro que existem produtos de grande qualidade na Graciosa, mas não em quantidades suficientes para competir com outras regiões onde se produz mais. Não sei de que fala o Conselho de Ilha, pois nem conseguem produzir para sustentar o mercado interno e já falam em exportar. Vejamos o que acontece com o peixe, por exemplo, a maioria do peixe pescado na Graciosa é exportado, no entanto, o comum consumidor quando vai à peixaria compra peixe que vem, em parte, da Terceira.
E querem falar de exportação...
Anedotas...

Manuel Bettencourt disse...

Os produtos exportados da ilha habitualmente no porta-contentores são o gado vivo e os produtos lácteos (entre outros), que seguiram viagem directamente para Lisboa. Quanto à produção local também concordo que devemos nos preocupar em primeiro lugar com a ilha e mercado inter-ilhas.
Por incrivel que pareça alguns horticulas também vem da Terceira, porque será? Não existe cá jovens a apostar nesta cultura? Existe sim!

Cumprimentos e volte sempre
Manuel

Anónimo disse...

Estes senhores da política fazem de tudo para aparecer na televisão, e a "Graciosa" é conhecida mal ou bem por estar sempre a falar mal dos transportes que têm para a servir, bem sabemos que tudo não é um mar de rosas. Devemos e muito bem com diz o propriétario do Blog apostar no mercado interno e em vender para as outras ilhas e só depois pensar em outros voos. Mas haja paciência para ouvir estes senhores... fico surpreendido que não haja na ilha um senhor ou uma senhora que tenha uma outra visão dos factos um espirito empreendedor e uma visão de futuro. O lema é sempre estamos a espera do governo para resolver as coisas, e assim vão os Açores.

Manuel Bettencourt disse...

Caro Visitante, criticar o serviço de contentores que tem tido uma regularidade fantástica, e ainda para mais alegar que as ligações com Lisboa levam 1 mês é algo estranho, muito estranho.
Nesta altura como cidadão graciosense, com orgulho pois aqui nasci, acho que se devia ter uma visão de um mercado interno, e para esse funcionar bem, já está em construção a rampa ro-ro do porto da Graciosa.
Quanto a mim devíamos tentar sensibilizar o Governo para que a Atlânticoline e os seus ferrys venham a ser a "ponte" inter ilhas, que possa fomentar a economia das pequenas ilhas como a minha.

Cumprimentos
Manuel