domingo, 18 de agosto de 2013

A história inspiradora do importante papel dos ferrys no desenvolvimento de La Gomera (Canárias)

© Copyright  Captura : Livro de Juan Carlos Diaz Lourenzo.
© Copyright texto: Juan Carlos Diaz Lourenzo./ Blog "De la mar y los barcos"
En aquella época el ferry Benchijigua era algo más que un barco para los gomeros, el “ferre” como le llamaban, porque era el único existente y el primer car-ferry que navegó en Canarias, que redimió a la Isla de su secular aislamiento y supuso para La Gomera el arranque, el punto de inflexión para su actual desarrollo y por ello se puede hablar de La Gomera antes y después del ferry.
Existe un antes y un después en la historia de las comunicaciones marítimas de La Gomera, aspecto que, unos años después se haría extensivo al conjunto del Archipiélago Canario. En el caso que nos ocupa, sin embargo, el punto de partida constituye un hito relevante y está asociado a un nombre, Fred. Olsen; una compañía, Ferry Gomera; un barco, el primer Benchijigua y una fecha, el 8 de julio de 1974 –hoy se cumplen 37 años-, cuatro referentes y una misma identidad para el desarrollo sin precedentes de una isla que, aislada y en medio de penurias de todo tipo, había provocado, entre otras consecuencias, una constante sangría emigratoria desde hacía algo más de dos décadas.
A mediados de 1973 ya se conocía en La Gomera el proyecto con el que Fred. Olsen Sr. había respondido a los planteamientos de las autoridades insulares de la época, entre ellas el presidente del Cabildo, Jaime Vega, quien anteriormente había planteado al almirante Leopoldo Boado, por entonces subsecretario de la Marina Mercante, la posibilidad de mejorar las comunicaciones de la isla con un buque tipo ferry. La respuesta de Boado fue determinante: “Vayan a ver a Fred. Olsen. Seguro que le interesa, pues él es un gomero más”.
© Copyright foto: Lineas Fred Olsen.
 Em 1904 Thomas Olsen, filho do armador norueguês, Fred Olsen, chega pela primeira vez ás Canárias, interessado em conhecer o processo de produção e embarque da fruta, nos navios de seu tio Otto Thoresen. Thomas Olsen viria a ter um papel de extraordinária importância no desenvolvimento da ilha de La Gomera, a sociedade agrícola criada no vale de Benchijigua é um desses exemplos, tendo sido o primeiro a produzir intensivamente o tomate e a banana.
Don Tomás, como era conhecido, morre em 1969, o seu filho Fred Olsen, assume os negócios do pai, em 1973, Fred Olsen que na altura estava em La Gomera, recebe um desafio vindo de um grupo de responsáveis de La Gomera, este, consiste em criar uma linha entre La Gomera, e Los Cristianos. Após lhe ser efectuado o desafio Fred Olsen regressa à Noruega, e encarrega o seu departamento técnico de estudar a viabilidade de um ferry com menos de 900 tons de registo bruto.
Naquele mesmo ano na semana Santa, durante uma reunião com os responsáveis pelo desafio, Fred Olsen, surpreende todos com a aceitação do desafio e logo ali apresenta o projecto. Nascia assim a Ferry Gomera, SA. 
Em 1994, após reestruturação empresarial a Ferry Gomera dá lugar à Lineas Fred Olsen. Hoje  a Fred Olsen, Canárias, assegura várias ligações nas Canárias, tirando também partido de outros negócios associados.


Porto da Graciosa, 15 de Agosto de 2013. Que comparação fazer com a 1ª imagem de S. Sebastian de La Gomera?
Sempre que se fala de ferrys, existe sempre quem diga, que Madeira, Canárias, Baleares, ilhas Gregas, e tantas, tantas outras, não são iguais aos Açores! Que grande conclusão! Nem as 9 ilhas açorianas o são! Mas a necessidade de mobilidade marítima é igual, a necessidade de estabelecer relações sócio-económicas inter-ilhas é igual, seja em maior ou menor quantidade, por isso é que se constroem navios de diferentes dimensões, capacidades e características, por isso é que existem frotas grandes e frotas pequenas. 

10 comentários:

Berto Garcia disse...

Sin lugar a dudas una mejoria de la isla con la llegada de estos servicios Saludos

Manuel Bettencourt disse...

Amigo Berto um dia irei até La Gomera, gosto da história dos surgimento dos ferrys nesta ilha!

Saludos
Manuel

Ilhas Selvagens disse...

Atenção que um dos factores que contribuiu para o serviço ferry na Gomera ser de importância vital é que a Gomera não tinha aeroporto! (Ao contrário da Graciosa). O Aeroporto da Gomera foi construído em 1999. Era a única ilha canariana sem aeroporto. Lembro-me que quem quisesse ir à Gomera só de ferry desde Tenerife. Eu apanhava o ferry da Fred Olsen em Los Cristianos.

Artur Filipe disse...

O porto da Graciosa de tirar-mos a marina é parecido com o de La Gomera. Para além disso os 1ºs barcos tem algumas parecenças

Manuel Bettencourt disse...

Amigos obrigado pelo comentário, aprendo sempre com eles, bem vou explicar o que queria dizer, uma é de 1975 a minha de 2013, depois olhem para o tipo de navios e é aí onde quero chegar, mas acho que não devo dizer tudo aquilo que penso, pelo menos aqui!

Abraço,
Manuel

Anónimo disse...

Manuel, interessante o pequeno cargueiro na foto do porto de La Gomera parecido com o dos TMG na sua foto... Com os tais 38 anos de diferença de uma foto para a outra. Hehe. Suponho que o ferry da Fred Olsen na foto da Gomera já fazia serviço o ano inteiro...

Manuel Bettencourt disse...

Caro Visitante acho que leu os meus pensamentos! De facto tem a ver com o cargueiro na imagem! Aí quanto a mim reside a questão principal, apetecia-me explicar melhor o meu pensamento sobre isso mas acho que não odevo fazer aqui!

Mas se alguém estiver curioso o meu email está na faixa direita do blog!

Abraço
Manuel

antonio sáez disse...

Se ve imprescindible la urgente visita a la Gomera del Sr. Bettencourt, para que pueda, directamente, sacar conclusiones para
trasladarlas a las condiciones de Graciosa.
Salu2.

João Bettencourt Mendonça disse...

Bom dia Manuel

Interessante este post.

Talvez (até setembro) estejamos melhor servidos com este HSC do que naquela altura, mas quanto ao resto, duvido.

Os passageiros em La Gomera já dispunham, naquela altura, de terminal cobero onde aguardar abrigados do sol e da chuva, o mesmo se passando com as cargas ali movimentadas.

Este comentário é feito apenas com recurso à foto apresentada.

A realidade da Graciosa (2013) mostra que passageiros, acompanhantes e carga continuam a ser processados ao sol e à chuva.

Manuel Bettencourt disse...

Amigo António Saez,

Em breve irei até La Gomera en el Benchijigua :)

Me gusta desta afortunada ilha e su história! e de Tenerife claro:)

Um Fuerte Saludo
Manuel

Amigo João, a carga só fica à chuva porque se mantém um sistema de 3º mundo em funcionamento, toda a carga que chega em contentores não tem qualquer tipo de problema.

Quanto aos passageiros teem uma pequena gare, mas pode e deve melhorar, a solução para a recolha e entrega da bagagem de passageiros pode ser resolvida fácilmente!

Um Abraço e gostei de te ver por cá!

Manuel