terça-feira, 19 de novembro de 2013

SUGESTÃO DE DESENVOLVIMENTO PARA PORTO DE PIPAS [Versão Low Cost] - Autor, Carlos Medeiros

© Copyright texto e montagem : Carlos Medeiros, Terceira.
Numa época de vacas magras, os investimentos em “betão” querem-se bem pensados e dimensionados à nossa realidade.
O caso do Terminal de Cruzeiros de Angra do Heroísmo mostrou e continua a mostrar que a nossa massa crítica não está a dormir nem resignada. 
Importa neste momento rentabilizar o que temos e adaptar às novas necessidades e aos novos navios as infraestruturas com o menor custo possível.
Assim sendo qual é a vossa opinião sobre a sugestão de um interface de excelência para passageiros que viajam por via marítima, de e para a ilha Terceira, através do Porto de Pipas?
Uma simples rampa Ro-Ro aproveitando a estrutura existente do Travel lift e a construção em paralelo de outra estrutura anexa idêntica, permitiria a um custo reduzido, dotar o Porto de Pipas da capacidade para receber os novos navios da Atlânticoline sem comprometer a sua operacionalidade.

14 comentários:

Rui Carvalho disse...

Caro MMCB

Uma excelente proposta.
Bem pensada e desenhada.
Não tenho dúvidas que será uma opção bem real e, digo inevitável, a dotação de capacidade de RO-RO no Porto Pipas para as novas embarcações da Atlânticoline (Portos dos Açores, SA).
Julgo que algumas ligações ao triângulo feitas pelos grandes ferrys, terão inevitavelmente de ser feitas pelos pequenos ferrys.
Talvez assim se possa ganhar para o combustível, mas a procura e o mercado terão a última palavra.

Abraço

ErrE

Bruno Rodrigues disse...

Penso que a questão não se coloca para os novos navios da Atlanticoline, uma vez que vão servir apenas o triângulo. Não acho que seja rentável nem desejável viajar nestes novos navios para a Terceira nem Graciosa, uma vez que não dão mais que 12/13 nós (o que dão os velhinhos cruzeiros).

Manuel Bettencourt disse...

Caro Bruno,

Esperemos pelo dia do baptismo quanto à questão da velocidade!

Independentemente da velocidade, faz sentido ter uma pequena rampa ro-ro no porto Pipas, aliás penso que por exemplo a Calheta também devia ter!

Abraço,
Manuel

Rui, alguém agora se lembrou da questão do combustível, mas pergunto, e nos outros anos como foi quando o aluguer era mais caro? Estou errado no meu raciocino?

Quem fala assim do serviço ferry não terá medo precisamente de ele se tornar mais agressivo e passar a contar para o segmento das cargas em vez de apenas servir para passageiros e "trotinetes"? Se não dá para o combustível, vamos optimizar e potenciar ao máximo a capacidade de carga rodada certo? Ou é melhor continuar nestes moldes e para o ano alguém voltar-se a lembrar da mesma questão?

Quanto a mim a Atlânticoline poderá vir a desempenhar um papel importante no transporte marítimo nos Açores!

Abraço,
Manuel


reimar disse...

Boa noite Manuel,
Saiba que gosto particularmente do porto de Pipas. Penso que se for bem dimensionado tal como sugere a proposta, poderá competir com o porto da Praia da Vitória, nos abastecimentos directos a Angra.
Concordo consigo quando menciona a necessidade de uma rampa ro-ro, para melhor agilizar a movimentação de mercadorias.
Lembro ainda que o local está sujeito a vento forte, que no inverno sopra com considerável violência, a que nem o Monte Brasil consegue dar resposta. Essa deverá ser uma questão primária a ser equalizada, para segurança das embarcações.
Cumprimentos,
Reinaldo Delgado

Luís Henriques disse...

Caro Manuel,

Sou leigo nesta matéria mas, à primeira vista e dentro do que conheço, parece-me uma ideia razoável e de encontro à minha opinião sobre o projecto de um terminal de cruzeiros.
Opus-me a essa ideia desde que ouvi falar nela, pois contém, a meu ver, o golpe final para Angra enquanto cidade património...já aquela marina me fez (e faz) muita confusão.
Parece-me que tentar canalizar tráfego de passageiros das ilhas do triângulo para Angra (com toda a dinâmica económico-social que acarreta)será, talvez, mais eficaz do que esse turista estrangeiro que, ao que se sabe, não é um ávido consumidor.

Manuel Bettencourt disse...

Boas, Reinaldo Delgado e Luís Henriques, acima de tudo aprecio a ideia que visa dotar esta infraestrutura portuária de Angra de uma rampa ro-ro pensada em ferrys de pequena dimensão como os novos da Atlânticoline.
Gosto do conceito da ideia, até porque mesmo que no futuro se venha a construir um caís de cruzeiros julgo que não iria condicionar esse suposto futuro investimento.

Gosto da afirmação do amigo Carlos Medeiros quando diz que "os investimentos em “betão” querem-se bem pensados e dimensionados à nossa realidade."
Sendo investimentos elevados, e por muitos anos, todos os investimentos nesta área deve ser bem pensados e bem enquadrados num modelo de transporte que pretendamos, para que os investimentos sejam optimizados.

Abraço
Manuel

CAP CRÉUS disse...

O porto de Pipas é-me muito especial, por isso tudo o que seja mudança, me custa tanto.
De qualquer modo concordo quando aqui alguém diz que pode competir com a Praia da Vitória, visto que está bem no centro de Angra. Neste momento está sub-aproveitado.

Abraço

Manuel Bettencourt disse...

Caro Cap Créus,

Como disse anteriormente tudo isto tem de encaixar num modelo de transportes marítimo, a questão será qual o modelo pretendido.

Depois dessa clara definição então passar ás obras necessárias se houver money obviamente!

Abraço,
Manuel

Anónimo disse...

(Carlos Medeiros)

Deixa-me deveras espantado que algumas pessoas não percebem que um Barco nunca será um Avião. Se queremos chegar rapidamente ao destino temos a Empresa Pública SATA que nos cobra o couro e o cabelo para fazer viagens de meia algumas centenas de Km. Mas se queremos passar férias ou efectuar outro tipo de serviço que não careça de urgência, vejo uma oportunidade em usar ao máximo as ligações marítimas existentes, afinal somos um povo virado para o mar e dele, desde a nossa colonização dependemos. Sou do tempo do Terra-Alta; do Espirito Santo e do Ponto Delgada, e apesar de enjoar, sempre gostei de disfrutar as viagens que fazia para a Horta todos os anos para visitar meu Avô.

Atlantico.Faróis disse...

Boa Noite Manuel,
Como falamos de Angra não podia deixar de deixar o meu registo apesar de estar um pouco longe.
Creio que todos os Terceirenses (creio eu) que escreveram aqui são a favor que este cais está "ás moscas", creio que a Corveta passa por lá de vez em quando (ainda bem), neste momento está vazio...lembro-me que este porto era porta de saída para o restante grupo central, será que é assim tão descabido os novos barcos fazerem serviço neste porto? acho que não, mas aqueles 13 nós que se diz...não ajuda muito! Vimos este verão os barcos "grandes" com poucos passageiros e no próximo ainda menos (excepto os de 10.00 euros), para ser sincero até DOÍ ver aquele porto vazio e sem animação, a história da ilha passa por aquele local...coisas modernas!! Como o tempo está a recuar no que respeita ao poupar não custa sonhar em ver estes navios a saírem de ANGRA...para a tua terra Manuel!

Abraço a todos

Anónimo disse...

12/13 nos. não quero acreditar que seja possível. se for verdade !!!

Manuel Bettencourt disse...

Boas Mário e caro visitante, obrigado pelos comentários.
Quanto à velocidade esperemos por domingo!
Abraço,
Manuel

Miguel Morais disse...

Boa noite a todos!

Não será necessário esperar por domingo. A empresa que desenvolveu os hélices do navio divulgou que a velocidade máxima do navio nos testes de mar foi de 16.7 nós.
No mesmo site pode-se ler que a velocidade contractualizada foi de 16 nós.

Provávelmente teremos o Mestre Simão a cruzar os nossos mares a 14 nós.

Se assim for estaremos a falar em:
Angra-Velas ~3h30
Velas-Cais ~45 min
Velas-Graciosa ~2h30
Angra-Graciosa ~3h10

Mas ponho-me do lado do Manuel. "esperemos por domingo"

Abraço,

Miguel

Site:http://www.vicusdt.com/noticiasEng.php?id=99

Manuel Bettencourt disse...

Caro Miguel Morais,

Obrigado pela ajuda e pelo link, bem fui dizendo que se tinha de esperar por domingo!

Deste texto do "Eng. Carlos Medeiros", gosto muito da frase "os investimentos em “betão” querem-se bem pensados e dimensionados à nossa realidade."

Juntando uma afirmação do Secretário-Geral da IMO na Conferência das Cidades Portuárias na OCDE, "Tanto o transporte marítimo como os portos devem ser pensados, não como entidades separadas, mas como componentes interligados, como duas peças de uma engrenagem".

As duas, quanto a mim excelentes afirmações, dizem em poucas palavras muito!

Abraço,
Manuel