quarta-feira, 6 de março de 2013

Explosão a bordo do navio tanque "Harbour Krystal"


 (©) Copyright fotos e texto: Marinha Portuguesa.
O navio tanque “Harbour Krystal”, com bandeira das Bahamas, 116 metros de comprimento e 18 tripulantes a bordo sofreu hoje uma explosão, pelas 08h12, quando se encontrava a navegar a 13 milhas a sudoeste do Cabo Espichel transportando  uma carga de oito mil toneladas de nafta (um derivado do petróleo). Registado na zona de proa do navio, o acidente provocou a deflagração de um incêndio e danos na estrutura do navio, tendo sido dado como desaparecido um elemento da tripulação, de nacionalidade filipina.

Alertado às 08h34, o Centro de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC Lisboa) assumiu de imediato a coordenação das ações de apoio e de busca e salvamento, tendo sido empenhados na missão a Corveta Jacinto Cândido, um salva-vidas da estação salva-vidas de Sesimbra e um Helicóptero EH 101 Merlin da Força Aérea Portuguesa, bem como dois navios mercantes que se encontravam nas proximidades. Simultaneamente foi lançado o alerta a toda a navegação na área.
O incêndio foi extinto e o risco de acidente ambiental é mínimo, no entanto, continuam as operações de busca e salvamento do elemento da guarnição desaparecido. O navio não tem, para já, autorização de entrada no Mar Territorial Português e o envio de equipas da Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e da Direção-Geral da Autoridade Maritima (DGAM) estão dependentes da declaração de intenção ou necessidade por parte do comandante ou armador em demandar um porto nacional.
Actualização


Posição do navio ás 19:50, hora dos Açores (6-3-2013).  
NRP "Jacinto Cândido (arquivo)
(©) Copyright foto: Mario Silva, Santa Maria.
O esforço de busca realizado pelos meios envolvidos até ao final do dia de hoje permitiu cobrir, em 10 horas, uma área superior a 1946 Km2 sem que tenha sido possível encontrar o elemento da guarnição desaparecido. Permanecem, no entanto, dúvidas por parte da guarnição do “Harbour Krystal”, relativas à possibilidade da vítima se encontrar a bordo, dentro de algum compartimento inacessível devido à explosão. As operações de busca foram suspensas sendo, todavia, retomadas caso surjam indícios que o justifiquem.
A situação do navio está normalizada, o risco de acidente ambiental continua reduzido, mantendo-se a Corveta Jacinto Cândido na proximidade do navio, pronta para prestar auxílio em caso de necessidade.
Conforme pretensão do Armador, o navio foi já autorizado pelo Capitão do Porto de Sines a entrar em águas territoriais portuguesas e a demandar o porto de Sines, estando a autorização de entrada sujeita à visita de entrada e vistoria técnica a efetuar por um perito da capitania. A entrada em Sines terá como objetivo a descarga das oito mil toneladas de crude, permitindo numa fase posterior a entrada em Setúbal onde efetuará a reparação dos danos.



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